Porto Alegre, 9 de abril de 2018 – Estudo feito pelo Sindicato Nacional dos
Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) mostra que em 2016
foram fiscalizados unitariamente mais de 37 milhões de suínos abatidos e mais
de 24 milhões de bovinos em estabelecimentos registrados e submetidos à
fiscalização pelo Serviço de Inspeção Federal. Destes, cerca de 7%
apresentaram algum tipo de alteração e foram selecionados para análise mais
aprofundada.
Depois da análise, verificou-se que 1,17% dos produtos tinham algum tipo
de lesão ou doença grave que impediam seu consumo pela população. “Foram
retirados de circulação mais de 1 bilhão de porções contaminadas ou com
potencial para causar problemas sanitários em quem as consumisse.
Estima-se que, se essas porções tivessem sido consumidas, poderíamos ter
em torno de 10% de manifestações clínicas relacionadas a quadros de
intoxicação ou toxi-infecção alimentar. Isso poderia resultar no
aparecimento de algo em torno de 140 milhões de quadros com manifestação
clínica de simples intoxicação ou de toxi-infecção alimentar”, explica o
autor do levantamento, Ricardo Freitas, que é Affa – médico veterinário no
Paraná.
Entre os problemas causados pelo consumo ou contato com essas carnes estão
desde simples gastroenterites e parasitoses até o desenvolvimento de doenças
ou complicações mais sérias, tais como, tuberculose, artrites, brucelose,
endocardites, complicações renais e, em casos extremos, até mesmo óbitos.
Estima-se que cada pessoa consuma, por ano, 15 kg de carne suína e 27 kg
de carne bovina. Cada suíno abatido produz, em média, 74,70 kg de carne para
consumo, e cada bovino produz cerca de 225 kg. “Se consideramos o consumo
médio e o número de possíveis intoxicações, vamos ver que caso o trabalho
dos auditores não fosse eficiente, em 2016, o Brasil poderia ter tido um gasto
de mais de R$ 4 bilhões em atendimento médico de pessoas infectadas”,
ressalta Freitas.
Em setembro do ano passado, a Fundação Getúlio Vargas divulgou estudo
elaborado a pedido do Anffa Sindical que mostrou que a atuação dos auditores
fiscais federais agropecuários influi positivamente na redução de R$ 7,1
bilhões no gasto com insumos para produção, em R$ 2,9 bilhões na geração
de impostos, além de gerar cerca de 2,2 milhões de empregos.
Sobre os Auditores Fiscais Federais Agropecuários
O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa
Sindical) é a entidade representativa dos integrantes da carreira de Auditor
Fiscal Federal Agropecuário. Os profissionais são engenheiros agrônomos,
farmacêuticos, químicos, médicos veterinários e zootecnistas que exercem
suas funções para garantir qualidade de vida, saúde e segurança alimentar
para as famílias brasileiras.
Atualmente existem 2,7 mil fiscais na ativa, que atuam nas áreas de
auditoria e fiscalização, desde a fabricação de insumos, como vacinas,
rações, sementes, fertilizantes, agrotóxicos etc., até o produto final, como
sucos, refrigerantes, bebidas alcoólicas, produtos vegetais (arroz, feijão,
óleos, azeites, etc.), laticínios, ovos, méis e carnes. Os profissionais
também estão nos campos, nas agroindústrias, nas instituições de pesquisa,
nos laboratórios nacionais agropecuários, nos supermercados, nos portos,
aeroportos e postos de fronteira, no acompanhamento dos programas agropecuários
e nas negociações e relações internacionais do agronegócio. Do campo à
mesa, dos pastos aos portos, do agronegócio para o Brasil e para o mundo. As
informações partem da assessoria de imprensa da Anffa Sindical.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 08/05/2025 09:40