Porto Alegre, 8 de agosto de 2016 – Apesar da transformação positiva do
setor nos últimos 30 anos, quando o país passou de importador para
exportador, o protagonismo do agronegócio brasileiro é pouco valorizado. A
reclamação foi feita pelo presidente da Associação Brasileira do
Agronegócio (ABAG), Luiz Carlos Carvalho, durante o 15 Congresso Brasileiro
do Agronegócio (CBA).
“Há no país uma narrativa preconceituosa e hostil ao setor. A sociedade
urbana não entende a importância do agronegócio, devido a um forte
posicionamento ideológico contrário”, completou Carvalho, durante a
cerimônia de abertura do evento. O presidente destacou ainda que o progresso do
setor se deu sem apoio financeiro ou subsídios do governo.
Carvalho não poupou críticas ao governo da presidente afastada Dilma
Rousseff e de seu modelo econômico equivocado. Para ele, o setor precisa de voz
ativa nos debates e “infelizmente nem sempre fomos convocados para as
discussões, apesar de nossa importância.
Para o presidente, o país precisa ter e mostrar protagonismo, através de
liderança, comunicação e inovação. Carvalho reiterou os desacertos dos
últimos anos, causado por um governo ideológico e envolvido em corrupção.
“As trevas das recessão corroeram o país, mas o agronegócio sobreviveu”,
acrescentou, alertando que o período difícil econômico deve ser enfrentado
com empreendedorismo.
“O Brasil precisa voltar agora aos trilhos do protagonismo no
agronegócio”, resumiu o presidente da ABAG.
Presente ao evento, o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar
da Agricultura, Marcos Montes, também teceu fortes críticas aos últimos
governos. “O presidente Temer dá sinais que entende a importância do setor
para que o país retome o rumo do crescimento”, disse, defendendo a
definição do impeachment de Dilma, deixando o caminho aberto para fortalecer o
setor.
A senadora Ana Amélia Lemos afirmou que até o final do mês o Senado
estará resolvendo a questão do processo de impeachment “de uma presidente
que não soube liderar”. Lemos destacou a importância do setor, que levou a
economia brasileira “nas costas” nos últimos anos. “O agro é gente”,
concluiu.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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