Agroindústrias e Cooperativas

China pode investir em capacidade de frigoríficos brasileiros, diz Cônsul

16 de dezembro de 2019
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O cônsul da China no Rio de Janeiro, Li Yang, afirmou que o governo daquele país estuda uma parceria com o Brasil para ampliar a capacidade de frigoríficos brasileiros para potencial aumento nas vendas de carne para o país asiático.
“O Brasil não exporta mais para China por conta de sua logística e de sua capacidade de refrigeração”, disse Li a jornalistas em evento na Fundação Getúlio Vargas.

Apetite chinês eleva preço da carne no Brasil

Li afirmou que as conversas entre os dois países já se iniciaram, mas não há um montante definido de quanto poderá ser investido na expansão do setor.

“O Brasil tem grande volume de produção de carnes, mas não tem capacidade para levar as carnes para China. Estamos pensando em resolver isso; será um próximo passo a ser dado na nossa cooperação bilateral”, disse o cônsul chinês.
“A China está fazendo todo esforço para equilibrar os laços com todos os países. Mas a cooperação é bilateral e tem que ser baseada na vontade das duas partes”, finalizou.

Expectativa de recorde

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o Brasil caminha para quebrar seu próprio recorde de exportações de carne bovina em 2020.
As exportações de carne bovina devem bater o recorde de 1,828 milhão de toneladas, uma alta de 11,3% em relação à máxima anterior, registrada em 2018.

No ano que vem, a expectativa é de que ela seja superada novamente, com um avanço de 13% no volume de exportações do produto, para 2,067 milhões de toneladas.

Já a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) estima que as processadoras de alimentos do Brasil deverão aumentar as exportações de carne de porco e frango em 2020, puxadas pela forte demanda da China.

A entidade prevê que as exportações brasileiras de carne suína possam crescer ao menos 15% no próximo ano, para 850 mil toneladas, e os embarques de carne de frango deverão aumentar para 4,5 milhões de toneladas, alta de 7% em relação à previsão para 2019.

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