Porto Alegre, 09 de novembro de 2021 – O Federal Reserve (Fed, o banco
central norte-americano) alertou que os problemas no setor imobiliário da China
podem afetar os mercados globais e a economia norte-americana, representando
riscos de curto prazo à estabilidade financeira, assim como incertezas
relativas à pandemia do novo coronavírus.
“As tensões no setor imobiliário da China podem prejudicar o sistema
financeiro chinês, com possíveis repercussões para os Estados Unidos”, de
acordo com o Fed em seu relatório bianual de Estabilidade Financeira, ao
destacar os riscos de curto prazo ao sistema financeiro.
“Dado o tamanho da economia da China e do sistema financeiro, bem como seus
extensos vínculos comerciais com o resto do mundo, tensões financeiras na
China podem prejudicar os mercados financeiros globais por meio de uma
deterioração do sentimento de risco, representar riscos para o crescimento
econômico global e afetar os Estados Unidos”, diz o relatório.
Segundo o Fed, a dívida das empresas e do governo local continua alta na
China, e a alavancagem do setor financeiro é elevada, especialmente em bancos
pequenos e médios, com avaliações imobiliárias esticadas.
“Neste ambiente, o foco regulatório contínuo em instituições alavancadas
tem o potencial de destacar algumas empresas altamente endividadas,
especialmente no setor imobiliário, como exemplificado pelas recentes
preocupações em torno do Grupo China Evergrande”. Assim, estresses podem se
propagar para o sistema financeiro chinês por meio de transbordamentos para as
empresas financeiras, uma correção repentina dos preços imobiliários, ou uma
redução no apetite de risco do investidor.
Outros riscos à estabilidade financeira citados pelo Fed incluem um
potencial agravamento da situação de saúde pública e um forte aumento nas
taxas de juros, que “pode desacelerar o ritmo de recuperação econômica e
levar a quedas acentuadas nas avaliações de ativos e tensões em
instituições financeiras, empresas e famílias”.
Por fim, acontecimentos adversos em outras economias de mercado emergentes
impulsionados por forte aperto nas condições financeiras também podem afetar
os Estados Unidos, enquanto uma recuperação mais lenta do que o esperado na
Europa pode desencadear tensões financeiras e representar riscos para os
Estados Unidos devido aos fortes canais de transmissão.
As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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