Agroindústrias e Cooperativas

Chineses visitam Comissão de Agricultura e reforçam cooperação com Brasil

31 de maio de 2019
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A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados recebeu na quinta-feira (30) a visita de uma delegação de seis integrantes do parlamento chinês, entre eles quatro representantes da comissão de agricultura daquele país. Na reunião que recepcionou a delegação, o vice-presidente da Comissão de Agricultura chinesa, Ma Zhongping, explicou que o objetivo da visita é acompanhar os trabalhos dos parlamentares brasileiros e trocar experiências. Ele avaliou positivamente a posição do governo brasileiro, que, segundo ele, mantém a cooperação tradicional entre os dois países.

“A China está importando do Brasil anualmente 60 milhões de toneladas de soja, representando 80% da importação total da China”, disse.

A deputada Aline Sleutjes (PSL-PR) é integrante da Frente Parlamentar da Agricultura e fez parte da comitiva oficial brasileira que visitou a China há poucos dias com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Ela diz que, devido à peste suína que atingiu a China, o Brasil aumentou no mês passado as exportações de suínos para aquele país em 44%, comparado ao mesmo período em 2018. A deputada enxerga um bom momento para o Brasil ampliar as vendas externas não apenas de carne suína, mas também de aves e carne bovina.

“Avançamos muitos nas negociações, principalmente na questão da carne. Eles perderam mais de 40% da produção, e vai demorar de 3 a 5 anos para se estabilizarem”, observou a deputada.

Lista de frigoríficos

A deputada lembrou que o Ministério da Agricultura encaminhou ao governo chinês uma lista com 30 frigoríficos brasileiros indicados a exportar para a China. Os suinocultores chineses tiveram que matar mais de 1 milhão de porcos por causa do surto de peste suína africana, que surgiu em agosto do ano passado. A China é o maior produtor de carne suína do mundo: são cerca de 54 milhões de toneladas por ano.

O presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, Fausto Pinato (PP-SP), afirmou que o diálogo entre os dois parlamentos ajuda a regionalizar a relação com a China, com incremento nos negócios.

“Os deputados em seus estados poderão ter um contato direto com eles (os chineses). Tendo essa relação direta, tentando buscar recursos e investimentos, (a negociação) se torna mais democrática e mais efetiva, tendo em vista que você acaba pegando a casa de leis e se aproximando, tirando só a institucionalidade do Poder Executivo”, disse Pinato.

Segundo Pinato, no segundo semestre, uma delegação da Comissão de Agricultura deve retribuir a cortesia e visitar a China.

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