Porto Alegre, 8 de janeiro de 2016 – A produção e a produtividade
agrícola brasileira crescem a cada safra, apesar das mudanças climáticas
registradas nas últimas décadas em todo o mundo. A avaliação foi feita pelo
secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), ao comentar estudo da revista científica Nature.
A pesquisa, publicada na última quarta-feira (6), leva em conta 2,8 mil
eventos meteorológicos extremos ocorridos em 177 país, entre 1964 e 2007.
Segundo o estudo, a ameaça é tão grande que pode comprometer o abastecimento
mundial de alimentos. Ainda de acordo com o levantamento, períodos de seca e
ondas de calor causaram perdas de 10% na produção de grãos global.
Mesmo neste cenário, a produção agrícola mundial não sofreu impactos
negativos mais acentuados. “As regiões de menor risco estão tendo enorme
capacidade para suprir as áreas mais afetadas pelos fenômenos da natureza”,
salienta Nassar.
O secretário reconhece, entretanto, que as mudanças têm reflexos na
agricultura. “O risco de produzir alimentos está crescendo devido às altas
temperaturas e às estiagens prolongadas, mas não a ponto de transformar o
abastecimento em um problema.” O Brasil e os demais países da América do Sul,
acrescenta, são áreas de maior aptidão agrícola e de baixo risco climático
em relação às zonas rurais do restante do planeta.
Sistemas agrícolas
Nassar constata também que os sistemas agrícolas mundiais estão passando
por uma ameaça, embora não haja comprometimento da oferta de grãos. Tanto é
verdade, assinala, que os preços dos produtos agrícolas ao agricultor
sofreram um processo de aumento, mas há três anos estão estabilizando ou
caindo. “Ou seja, o mercado agrícola mostrou capacidade de produzir mais e
aquela subida de preço já foi interrompida e está caindo, num sinal de que a
produção vem sendo retomada”.
No Brasil, enfatiza Nassar, há regiões que sofrem mais com as secas e
chuvas intensas, como o semiárido e o Sul. Em contrapartida, há áreas de
menor vulnerabilidade aos fenômenos naturais, como o Centro-Oeste (Goiás, Mato
Grosso e Mato Grosso do Sul). Com relação à estimativa de perda de 1 milhão
de toneladas de soja por causa da seca que atingiu a região produtora de Mato
Grosso, o secretário diz que é um problema pontual, que não acontecia desde
2005.
Para ele, a tecnologia e a pesquisa agrícola estão neutralizando parte do
efeito das mudanças climáticas no mundo. “Isso permite que a produção
continue crescendo de acordo com o aumento da demanda por alimentos. Com
informações da assessoria de imprensa do Mapa.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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