Porto Alegre, 17 de março de 2022 – O Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) aprovou operação-piloto para aquisição de até
R$ 10 milhões em créditos de carbono. As compras serão voltadas, em um
primeiro momento para títulos predominantemente de origem REDD+ (Redução de
Emissões Provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal),
Reflorestamento e Energia. Com esta iniciativa, o BNDES pretende apoiar o
desenvolvimento de um mercado voluntário para comercialização destes
títulos, além de chancelar padrões de qualidade para condução de projetos
de descarbonização da economia a partir de 2022. Créditos de carbono
representam a não emissão de gases do efeito estufa na atmosfera, contribuindo
para a preservação do meio ambiente.
A compra destes créditos pelo BNDES ocorrerá através de Chamada Pública
para seleção de projetos de origem REDD+, Reflorestamento e Energia. A
estratégia do Banco é estimular a demanda para estes desenvolvedores, donos de
terra com potencial para projetos ambientais e demais participantes do mercado.
A operação também aposta na publicização e transparência da iniciativa,
de modo a tornar os atributos de negociação dos créditos acessíveis ao
mercado. Por fim, vale ressaltar que a inciativa piloto é propícia para busca
de melhorias e revisão de processos com vistas à consolidação da prática
já a partir de 2022.
Para o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, mercado de carbono é uma
tendência global, em que o Brasil está vocacionado a ser referência. “Cabe
ao BNDES criar a estrutura para que o nosso país possa se beneficiar desta
grande oportunidade e se tornar um dos maiores exportadores também desta
commodity. Em consequência, teremos nossas florestas preservadas, levaremos
renda à população que vive dela ou no entorno dela e criaremos uma economia
verde pujante,” explica Montezano.
“O mercado de crédito de carbono cresce à medida que as empresas se
tornam mais conscientes sobre suas responsabilidades ambientais. O BNDES possui
papel fundamental para trazer clareza sobre fatores como precificação,
tratamento administrativo, contábil e jurídico, além de aprofundar debates
sobre novas soluções dentro deste mercado. E esta operação introdutória vai
nos propiciar maior amadurecimento técnico em preparação à operação de
aquisição de créditos planejada para 2022”, acrescenta Bruno Laskowsky,
diretor de Participações, Mercado de Capitais e Crédito Indireto do BNDES.
A equipe do “Projeto Carbono”, grupo de trabalho com a participação
de diversas áreas do BNDES, já interagiu com algumas empresas compradoras e
vendedoras de créditos e vem analisando instrumentos financeiros e
institucionais para atuação do Banco no mercado voluntário de carbono. O
mercado destes créditos se divide em regulados, aquele nos quais os agentes
emissores são obrigados a comprar créditos para a compensação de suas
emissões por uma exigência regulatória, e voluntários. Neste último, as
motivações para a aquisição podem ser diversas, como o acesso a fontes de
financiamentos “verdes” ou estratégia de posicionamento institucional.
A estimativa é que o mercado voluntário precise crescer mais de 15 vezes
até 2030 para cumprir as metas do Acordo de Paris, que pressupõe o atingimento
do equilíbrio entre emissão e remoção dos gases causadores do efeito estufa
até o ano de 2050. Nesse contexto, a negociação dos créditos de carbono é
uma maneira das empresas e países alcançarem suas metas de descarbonização.
REDD+ – O mecanismo REDD+, Redução de Emissões por Desmatamento e
Degradação Florestal, foi desenvolvido pelas partes da Convenção-Quadro das
Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Por meio dele, países em
desenvolvimento que têm seus esforços para redução da emissão de carbono
por conta de desmatamento e degradação podem receber “pagamentos por
resultados”.
As informações partem da assessoria de imprensa do BNDES.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 31/07/2025 11:10