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CLIMA: Boletim Copaaergs recomenda como lidar com El Niño no RS durante próximo trimestre

29 de junho de 2023
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Porto Alegre, 29 de junho de 2023 – Em julho, agosto e setembro, o Rio Grande do Sul deve
experimentar a intensificação do fenômeno El Niño, atingindo um ponto mais forte no final do
trimestre. Essa intensificação resultará em impacto direto no aumento da precipitação pluvial
sobre todo o Estado, com volumes de chuva acima da média em todas as regiões.

É o que aponta o Boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do
Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária,
Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). As previsões apresentadas pelo boletim são baseadas
no modelo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Em relação às temperaturas do ar, a tendência para o trimestre indica que as temperaturas
fiquem acima da média na Metade Norte enquanto que, na Metade Sul, fiquem próximas ou ligeiramente
acima da média.

O boletim do Copaaergs é elaborado a cada três meses por especialistas em Agrometeorologia de
15 entidades públicas estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima. O documento também
lista uma série de orientações técnicas para as culturas do período.

Culturas de inverno

– Evitar áreas sujeitas a alagamento e de difícil drenagem para a implantação das lavouras;

– Evitar a adubação com nitrogênio em cobertura antes de precipitações intensas, para reduzir
perdas por lixiviação;

– Monitorar o estado sanitário das lavouras, atentando para condições de alta umidade,
especialmente na primavera, que favorece a ocorrência de doenças fúngicas de espiga/panícula,
que são de difícil controle;

– Não procrastinar a colheita para evitar danos à qualidade tecnológica dos grãos por chuvas
intensas;

– Seguir os períodos de semeadura indicados pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC).

Arroz

– Dentro do possível, dar continuidade à adequação das áreas destinadas à lavoura,
principalmente às atividades de preparo e sistematização do solo e drenagem, para possibilitar a
semeadura na época recomendada pelo zoneamento agrícola de risco climático (ZARC);

– Acompanhamento dos níveis dos reservatórios para a definição das áreas a serem semeadas,
especialmente na região da Fronteira Oeste;

– Para semeaduras do cedo, no mês de setembro, quando a temperatura do solo for baixa, atentar para
que a profundidade da semeadura não seja superior a dois centímetros, a fim de evitar redução no
estande de plantas e a consequente desuniformidade no estabelecimento inicial da cultura;

– Atentar para manutenção da drenagem após a emergência das plantas, para evitar prejuízos no
estabelecimento inicial em função do prognóstico de chuvas acima da média em algumas regiões.

Culturas de primavera-verão

– Fazer o manejo de culturas de inverno ou plantas de cobertura destinadas à proteção do solo;

– Iniciar a semeadura quando a temperatura do solo, a 5 cm de profundidade, estiver entre 16 e 18C,
respeitando o zoneamento agrícola;

– Escalonar a época de semeadura e utilizar cultivares de diferentes ciclos para diminuir a
possibilidade de coincidir o período crítico da cultura com as épocas de maior demanda
evaporativa;

– Fazer adubação em cobertura preferencialmente antes da ocorrência de chuvas ou quando o solo
apresentar disponibilidade de água adequada;

– Para a cultura do milho, caso sejam planejadas duas safras, deve-se antecipar o máximo possível
a semeadura, respeitando-se o zoneamento agrícola de risco climático (ZARC);

– Dedicar atenção ao monitoramento de pragas, especialmente sobre a ocorrência da cigarrinha do
milho.

Forrageiras e Conforto Animal

– Tendo em vista o baixo crescimento das pastagens naturais no período de inverno, e com o
prognóstico de chuvas acima da média para o próximo trimestre, com menor aporte de radiação
solar, o crescimento vegetativo das pastagens continua sendo limitado, por isso recomenda-se manter
carga animal baixa ou moderada;

– Fornecer suplemento aos animais (ex. feno, silagem, ração) mantidos em pastagem natural com
baixa disponibilidade de forragem;

– Realizar o manejo indicado para as forrageiras de inverno/primavera, anuais ou perenes, como
aplicação de adubação nitrogenada em cobertura e ajuste de carga animal à disponibilidade de
forragem;

– Reduzir a carga animal na pastagem após a ocorrência de grande volume de chuva, de forma a
evitar danos à pastagem pelo excesso de pisoteio;

– Atentar para as instalações e o entorno para evitar formação de muito barro o que ocasiona
problemas de casco, especialmente em vacas de leite;

– Embora o período seja caracterizado por temperaturas baixas (inverno), o produtor deve ficar
atento, devido ao prognóstico de temperaturas acima da média climatológica, principalmente no
mês de setembro que normalmente já apresenta temperaturas mais elevadas, que podem acarretar
estresse térmico aos animais, principalmente para vacas de alta produção de leite;

– A forma mais eficiente de se combater o estresse térmico é estabelecer um sistema de manejo e de
ambiente integrados, com o objetivo de manter a temperatura corporal do animal próxima do normal
(38C a 39C) a maior parte do dia. Para adequação do ambiente pode-se utilizar: incremento da
movimentação do ar, umedecimento da superfície do animal, resfriamento evaporativo do ar
(sistemas como ventilador, aspersor e painel evaporativo) para os animais em confinamento e o uso de
sombras e água de qualidade disponível para minimizar os efeitos da radiação solar direta, em
dias quentes, e abrigar de ventos e temperaturas baixas, para os animais criados a pasto.

As informações partem da Assessoria de Comunicação Social da Secretaria da Agricultura,
Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) do Rio Grande do Sul.

Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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