Porto Alegre, 11 de dezembro de 2018 – Membros do Fórum Brasileiro de
Mudanças do Clima (FBMC) lançaram o estudo ‘Brasil Carbono Zero em 2060’
no Espaço Brasil da COP24, na Polônia. Trata-se de um relatório preliminar
das recomendações brasileiras de desenvolvimento de economia de baixo carbono
para o longo prazo (Long-term Strategy – LTS), que deverá ser submetido à
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) até
2020.
O estudo foi solicitado pelo presidente Michel Temer ao FBMC em agosto
deste ano e conduzido pela Câmara Temática de Longo Prazo, coordenada pelo
CEBDS, WRI e Instituto Escolhas.
De acordo com o relatório, combate ao desmatamento ilegal, reflorestamento
de áreas degradadas pelo pasto, agricultura de baixo carbono e redução
drástica da queima de combustíveis fósseis, sobretudo no setor dos
transportes, devem ser medidas prioritárias para o Brasil ajudar o planeta na
contenção do aquecimento global em 1,5 C de acordo com os níveis
pré-industriais, como recomenda o Painel Intergovernamental sobre Mudanças
Climáticas (IPCC) para evitar tragédias ambientais e escassez de alimentos já
nas próximas décadas.
Ana Carolina Szklo, diretora de desenvolvimento institucional do Conselho
Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), lembrou que
“zerar o desmatamento líquido nos biomas brasileiros e aumentar as taxas de
reflorestamento a médio prazo” é uma das 10 propostas prioritárias que o
setor empresarial brasileiro apresentou aos presidenciáveis no período
eleitoral, por meio do documento Agenda CEBDS por um Brasil Sustentável. “A
política da mudança climática é uma agenda de Estado, não de governo”,
ressaltou Ana, que afirma que o setor empresarial brasileiro está disposto a
assumir metas mais ambiciosas na agenda climática por entender que a
transição para uma economia de baixo carbono gera oportunidades de negócios
que contribuem para a resiliência dos negócios. “É de interesse econômico
que não haja mais desmatamento ilegal no Brasil. Porque se continuar, a conta
vai ficar cara para todos os setores”, concluiu.
Ao comentar a postura cética do novo governo sobre as mudanças
climáticas, o secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima,
Alfredo Sirkis disse que aposta no diálogo e que é preciso encontrar pontos de
convergência sobre a agenda nos diversos grupos do novo governo. “Vamos
precisar de habilidades que vão muito além de protestar. Minha palavra de
ordem agora é tranquilidade”, afirmou. Sobre a possibilidade de dissolução
do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima (FBMC), Sirkis disse que a
instituição cogita até virar uma organização da sociedade civil com
participação do governo subnacional. “Nossos estudos vão continuar nem que
chova canivete”, afirmou. As informações partem da assessoria de imprensa.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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