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CLIMA: Brasil mostra na COP26 como o Agro está se adaptando ao novo cenário

5 de novembro de 2021
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Porto Alegre, 05 de novembro de 2021 – O Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa) está lançando, durante a COP26, as versões
em inglês de três livros que reúnem pesquisas sobre os fatores de emissão e
remoção de gases de efeito estufa na pecuária e na agricultura, além das
estratégias de adaptação à mudança do clima na agropecuária. As
publicações trazem informações sobre a emissão e remoção de GEE para
culturas como cana-de-açúcar, grãos, sistemas integrados de produção e
florestas plantadas e também abordam estratégias remoção de metano na
pecuária.

Liderado pela equipe da Coordenação-Geral de Mudanças Climáticas e
Agropecuária Conservacionista, do Departamento de Produção Sustentável e
Irrigação do Mapa, o trabalho mobilizou mais de 660 pesquisadores de
diferentes cadeias agropecuárias e biomas, para a compilação de informações
e foi realizado em parceria com a Organização das Nações Unidas para
Alimentação e Agricultura (FAO), o Ministério de Ciência, Tecnologia e
Inovações, o Ministério das Relações Exteriores e o Senar/CNA.

Dois volumes representam um retrato amplo e objetivo sobre fatores de
emissão e remoção, específicos para as principais culturas e sistemas de
produção do país e sobre alternativas de manejo desenvolvidas para maior
controle de emissões dos gases de efeito estufa. Ambas consideram somente dados
obtidos a partir de metodologias científicas aceitas internacionalmente.

O terceiro volume reúne estratégias de adaptação da agropecuária às
mudanças do clima, trazendo maiores compreensão de como a agropecuária pode
se tornar mais resiliente aos desafios climáticos.

As publicações já haviam sido divulgadas no Brasil em abril, em português
e, com o apoio da FAO, foram traduzidas para o inglês para serem lançadas na
COP26. Por se tratar de um robusto conteúdo técnico-científico, as
coletâneas podem subsidiar diversos países na elaboração de estratégias de
enfrentamento a mudança do clima e na construção de ações para mitigação
de GEE pela agropecuária. Assim, o lançamento das 3 publicações na COP26
representa significativa contribuição brasileira em apoio global a agenda
climática entregando subsídios de base científica para que os países avancem
nos seus compromissos nacionais.

Os trabalhos apresentam dados sobre indicadores adequados para a
agropecuária desenvolvida em clima tropical, podendo ser utilizados por outros
países com condições agropecuária e climática semelhantes.

Sistemas de Produção

Os dados confirmam, por exemplo, que os sistemas de produção em
integração, para os quais o Brasil é referência mundial, permitem mitigar ou
até neutralizar as emissões de gases de efeito estufa quando se tem a
presença de árvores, tornando o processo de produção ainda mais
sustentável.

De acordo com as publicações, os estudos realizados em sistemas em
integração do tipo lavoura-pecuária- floresta (ILPF), demonstram a
importância de se considerar o ambiente em que o animal é criado, e não
somente a emissão de gases decorrentes do processo de ruminação. Este avanço
não só melhora o balanço das emissões e remoções, tornando-o mais
eficiente, como identifica onde o Brasil ainda precisa melhorar em tecnologias
para redução das emissões.

As informações recolhidas na “Coletânea de Fatores de Emissão de GEE
da Pecuária Brasileira”, “Coletânea de Fatores de Emissão de GEE da
Agricultura Brasileira” e “Estratégias de adaptação às mudanças do
clima dos sistemas agropecuários brasileiros” apoiaram o processo de revisão
do Plano ABC, com insumos de base científica para o fortalecimento das
estratégias para o desenvolvimento de uma agropecuária sustentável, apoiando
a elaboração do ABC+.

Os níveis de emissões de GEE de cada país estão intrinsicamente ligados
a sua própria história, economia e trajetória de desenvolvimento. Fatores
específicos, que reflitam a realidade das condições ambientais e
tecnológicas dos sistemas produtivos brasileiros, são fundamentais para
quantificar mais precisamente as emissões nacionais, permitindo disponibilizar
informações adequadas à sociedade, e, sobretudo, direcionar adequadamente o
desenho da política setorial nacional de enfrentamento à mudança do clima.

O Brasil, por meio de seus institutos de ciência e tecnologia, gerou
fatores de emissão específicos para os sistemas agrícolas nacionais. No
entanto, tais informações não são de conhecimento amplo, nem de acesso
rápido e sistematizado, dificultando seu uso, entre outros, nos cálculos de
emissões nacionais, em contraponto aos usualmente utilizados, estabelecidos
pelo IPCC e oriundos de sistemas muito diferentes dos utilizados no Brasil. Tal
fato prejudica o entendimento do real potencial de emissão, controle e
remoção de GEE pelas atividades agropecuárias nacionais. Desta forma, as
coletâneas agrupam o que há de mais recente em dados nacionais que podem
servir de base para as contabilizações brasileiras e apresenta à sociedade os
resultados deste enorme esforço da ciência brasileira.

A agricultura desenvolveu uma forte capacidade de adaptação, devido ao
histórico deslocamento da humanidade para novas áreas e novas características
climáticas, além da variabilidade climática à qual se expõe. Portanto,
numerosos dados vêm sendo coletados por várias instituições e pessoas em
temas relativos aos setores agrícolas sobre a adaptação à variabilidade
climática no Brasil.

Mais especificamente quanto à mudança do clima, o que se observa é que
pesquisas, instrumentos, programas, iniciativas têm uma grande diversidade de
abordagens e estratégias. O estudo publicado pela Mapa é um passo fundamental
na tarefa de compreender essa ampla gama de abordagens em fase de
desenvolvimento no Brasil e de orientar as bases e o imprescindível
detalhamento de estratégias de adaptação dos sistemas agropecuários
brasileiros às mudanças do clima.

As informações partem da assessoria de imprensa do Mapa.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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