Porto Alegre, 16 de outubro de 2015 – Enquanto moradores de cidades dos
estados da Região Sul do país, especialmente Rio Grande do Sul e Santa
Catarina, sofrem com as fortes chuvas e tempestades de granizo, os habitantes
das demais regiões buscam formas de se proteger do sol, enfrentar as altas
temperaturas e a baixa umidade. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia
(Inmet), a “culpa” dessa variação climática no país é do El Ninõ, que
este ano está mais intenso do que o normal.
“O maior vilão é o El Niño, que está provocando essa intempérie do
tempo e do clima. Ele está segurando essa frente fria mais para o Sul e o
Sudeste e, na região central, ao não chover, a massa de ar seca começa a se
intensificar, provocando a baixa umidade relativa do ar e temperaturas mais
altas”, explicou o meteorologista do Inmet Mamedes Luiz Melo.
O El Niño é um fenômeno climático caracterizado pelo aquecimento fora
do normal das águas superficiais e subsuperficiais do Oceano Pacífico
Equatorial. Essa mudança de temperatura, disse Melo, provoca uma modificação
da circulação geral da atmosfera. No Brasil, o fenômeno se caracteriza por
chuvas mais intensas nas regiões Sul e Sudeste e tempo mais seco nas regiões
Norte e Nordeste.
“Como o El Niño está muito intenso, a região central do país também
está sendo afetada. Normalmente, ele começa a aparecer em novembro, tendo seu
pico em dezembro. Este ano, já começou a provocar as anomalias das águas
desde maio”, explicou o meteorologista.
Previsão
A meteorologia não tem boas notícias para os moradores dos estados da
Região Sul, que têm tido prejuízos em virtude do mau tempo. A previsão é
que a ocorrência de chuvas fortes continue. No Rio Grande do Sul, por exemplo,
subiu para 100 o total de municípios atingidos pelas chuvas.
“No Sul do país as essas chuvas deverão continuar em dezembro,
janeiro e fevereiro para depois diminuir, quando se espera que as temperaturas
do Pacífico voltem ao normal”, disse Melo.
Já para a Região Sudeste, a previsão que as chuvas fiquem dentro da
média para o período, exceto no sul de São Paulo, onde o volume de chuvas
deve ficar “ligeiramente acima da média”.
Na Região Centro-Oeste as altas temperaturas e a baixa umidade devem
continuar pelo menos por mais dez dia. “Há uma probabilidade que depois do dia
25 de outubro possa voltar a chover na região central do país”, afirmou o
meteorologista.
De acordo com o Inmet, a previsão de baixa ocorrência de chuvas deixa
a situação crítica na Região Nordeste, especialmente no sertão nordestino,
tradicionalmente castigado pela estiagem prolongada. O meteorologista do Inmet
explicou que existem dois períodos chuvosos na região: de fevereiro a maio e
de maio até agosto e que, por conta dos efeitos do El Niño, o regime de chuvas
deverá ser ainda mais afetado.
Com isso, a previsão é que a segunda estação chuvosa na região
fiquei abaixo da média. “A situação que já é ruim deve se complicar. Pelo
menos de outubro até dezembro a previsão é que a ocorrência de chuvas fique
ligeiramente abaixo da média”.
Para a Região Norte, que também já enfrenta altas temperaturas, a
previsão é de manutenção do quadro atual. “No norte da Região Norte do
país também vai ficar mais seco até dezembro e mais ao centro também ficará
abaixo da média”. As informações partem da Agência Brasil.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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