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CLIMA: Grupo Parlamentar do Senado destaca resultados da COP 26

30 de novembro de 2021
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Porto Alegre, 30 de novembro de 2021 – O Grupo Parlamentar da Organização
do Tratado de Cooperação Amazônica promoveu um painel, na tarde desta
segunda-feira (29), para debater os resultados da COP 26 e os desafios para a
diplomacia parlamentar em assuntos relacionados à Amazônia. Os debatedores
apontaram avanços da COP 26, mas disseram que os parlamentos nacionais ainda
têm muito trabalho a fazer em favor da preservação ambiental e do controle
das mudanças climáticas.

O presidente do grupo, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), lembrou que a COP 26
(Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre
Mudança do Clima) foi realizada entre 31 de outubro e 12 de novembro de 2021,
em Glasgow, na Escócia. A Conferência teve como objetivo estimular o combate
às mudanças climáticas com ações conjuntas entre os países. Mais de 120
líderes políticos e milhares de especialistas e ativistas participaram do
encontro, entre eles, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Segundo Nelsinho
Trad, o encontro permitiu a busca de uma agenda de consenso em torno da
administração das mudanças climáticas.

– Nessa agenda, sob o olhar atento da opinião global, a Amazônia ocupou
lugar de destaque – afirmou o senador.

A secretária-geral da Organização do Tratado da Cooperação Amazônica
(OTCA), Maria Alexandra Moreira, apontou que a COP 26 reconheceu que a Bacia
Amazônica tem ponto de destaque para as decisões globais estratégicas sobre
as mudanças climáticas. Ela lamentou a realidade da degradação da floresta e
pediu a união dos países da região amazônica em favor da preservação
ambiental.

– Este grupo parlamentar tem um papel fundamental, pois a agenda da
floresta pode demonstrar uma liderança prática em favor da região – registrou
a secretária.

Na visão do deputado Airton Faleiro (PT-PA), o grupo parlamentar é
importante por trabalhar contra as mudanças climáticas, que são uma ameaça
à humanidade. Ele disse que não se discute equilíbrio climático sem discutir
a Amazônia. Para o deputado, a floresta nunca esteve tão ameaçada quanto no
atual momento. Faleiro citou como exemplo as balsas de garimpo ilegal que
estavam no Rio Madeira. Em uma operação no fim de semana, a Polícia Federal
apreendeu 131 dessas balsas ilegais.

– Precisamos de uma reação global, que incentive os órgãos de
fiscalização para atuar. Precisamos dialogar com o bolso, porque dialogar com
o coração não tem dado resultado – registrou Faleiro.

Economia

O deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP) afirmou que a busca por “ambições
climáticas” tem marcado as conferências globais sobre o clima. Na sua
opinião, a COP 26 não resolveu os problemas, mas indicou alguns avanços. Ele,
que já foi presidente da Comissão do Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável da Câmara dos Deputados, destacou os acordos bilaterais que foram
firmados durante a COP 26 entre vários países. Para o deputado, o controle do
desmatamento, a troca da matriz energética e a mudança para veículos
elétricos são medidas que podem ajudar no controle das mudanças climáticas.

– As mudanças climáticas estão ocorrendo de forma muito rápida. O
Brasil corre o risco de ser seriamente impactado – alertou o deputado, ao citar
as produções agrícolas.

Agostinho ainda ressaltou que a falta de consciência sobre o meio ambiente
e as mudanças climáticas pode trazer consequências econômicas para o país.
Segundo o deputado, o Brasil já tem sofrido com a atual situação, pois
alguns investidores têm recusado o país, por conta do pouco compromisso
ambiental. Ele disse que as autoridades precisam trabalhar com foco na
consciência ambiental e na produção sustentável.

– O Congresso Nacional pode ajudar bastante. Podemos buscar parcerias e
soluções nos países vizinhos. Temos um grande desafio – declarou Agostinho.

Para Manuel Pulgar Vidal, ex-ministro do Meio Ambiente do Peru, a COP 26
já contabilizou alguns êxitos. Ele disse que a reunião sinalizou um consenso
sobre uma visão coletiva na defesa de ações de controle da temperatura
global. De acordo com Vidal, a discussão em torno do meio ambiente é também
um debate social e uma reflexão econômica. Ele também disse perceber que os
jovens já entendem, de forma convicta, a importância da questão climática
para as futuras gerações. Para Vidal, os países amazônicos precisam de
compromisso contra o desmatamento e pelo uso de recursos tecnológicos para a
preservação da floresta.

– A COP 26 não foi suficiente, mas nos levou a uma direção correta.
Reconheceu o papel que tem a natureza para enfrentar as alterações climáticas
– destacou o ex-ministro.

Alzira Rodriguez, deputada da Bolívia, manifestou preocupação com a
preservação da floresta. Segundo a deputada, o combate às mudanças
climáticas é um benefício a todo o planeta. Henry Correal, deputado da
Colômbia, afirmou que é importante trabalhar para a preservação dos povos
indígenas e da produção sustentável, como forma de diminuir os impactos das
mudanças climáticas. Isabel Maria Enriquez, deputada do Equador, citou o
presidente Jair Bolsonaro, ao lamentar o fato de alguns presidentes não terem
comparecido à COP 26.

Interativa

O debate foi realizado de forma interativa, com a possibilidade de
participação popular por meio do portal e-Cidadania. Fernanda Carvalho, do Rio
de Janeiro, disse que aparentemente a imagem do Brasil não é positiva no
cenário mundial, em parte por conta das questões ambientais. Elinádia
Targino, de Alagoas, e Fred Almeida, do Pará, perguntaram sobre a atuação do
Brasil na COP 26. Em resposta, o deputado Rodrigo Agostinho disse que o Brasil
mudou o discurso na COP 26, o que seria positivo. Ele disse, no entanto, que é
preciso mudar a prática e citou que o desmatamento aumentou muito no país nos
últimos três anos.

Grupo Parlamentar

O Grupo Parlamentar da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica
foi criado em março de 2021 para dar suporte ao Parlamento Amazônico e
viabilizar a integração entre as Casas parlamentares dos países ligados à
Floresta Amazônica. O colegiado também pode manter relações culturais e de
intercâmbio, bem como cooperação técnica, com entidades nacionais e
estrangeiras. O foco do grupo é nas questões climáticas e na preservação da
região amazônica. As informações partem da Agência Senado.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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