Porto Alegre, 20 de setembro de 2021 – A dois dias do fim do inverno e do
início oficial da primavera – que, no hemisfério sul, começa nesta
quarta-feira (22) -, parte da população brasileira se vê às voltas com
temperaturas elevadas e clima extremamente seco, enquanto uma outra parcela
está alerta para o potencial perigo de chuvas fortes.
Em um comunicado divulgado hoje (20), em Brasília, o Instituto Nacional de
Meteorologia (Inmet) chama a atenção para o grande perigo de ocorrência de
incêndios florestais por causa da baixa umidade relativa do ar registrada em
461 cidades do Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas
Gerais, São Paulo e Tocantins.
Segundo o Inmet, ao menos até o fim desta segunda-feira, nestas regiões,
a umidade relativa do ar abaixo de 12% potencializa a chance de incêndios e
pode fazer mal à saúde das pessoas, que devem procurar se hidratar e evitar
fazer atividades físicas ao ar livre nos horários mais quentes do dia.
Perigo
As áreas abrangidas pelo alerta de grande perigo devido à seca
compreendem praticamente Goiás e o Distrito Federal inteiro, além das regiões
centro-sul, nordeste, norte e sudeste mato-grossense; o centro-norte, leste e o
pantanal sul-mato-grossense; as faixas ocidental e oriental de Tocantins; o
Triângulo Mineiro e a região noroeste de Minas Gerais e também as cidades de
Araçatuba, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, no interior de São
Paulo.
Além do comunicado de grande perigo em parte das sete unidades federativas
já citadas, os técnicos do Inmet também alertam para os potenciais riscos
decorrentes da baixa umidade em parte de outros doze estados onde a umidade
relativa do ar deve variar entre 30% e 20%: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito
Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e
Rio Grande do Norte
Ao mesmo tempo, os técnicos do instituto alertam para o potencial risco de
chuvas intensas e até temporais atingirem algumas cidades do Amapá, Amazonas,
Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina.
Em quatro estados (Maranhão, Pará, Paraná e São Paulo) há regiões
sujeitas a enfrentar chuvas intensas ao longo do dia e áreas em que a
população enfrenta o calor e a baixa umidade.
Chefe do Centro de Análise e Previsão do Tempo do Inmet, a meteorologista
Morgana Almeida explicou à Agência Brasil que as diferentes situações se
devem à atuação dos sistemas meteorológicos que atuam simultaneamente no
país.
Diversidade de climas
“Devido às dimensões continentais do Brasil, temos uma diversidade de
climas e de sistemas meteorológicos atuando em um só dia. Hoje, temos áreas
de instabilidade na Região Norte, com risco de chuvas fortes isoladas, da mesma
forma que, no outro extremo do país, na Região Sul, há uma nova frente fria
em formação atuando, com a possibilidade de ocorrerem temporais. Já na área
central do país, a massa de ar quente que está há praticamente duas semanas
parada sobre a região favorece as altas temperaturas e baixa umidade relativa
do ar”, explicou Morgana.
Para a meteorologista, por enquanto, a queixa de muitos moradores da
região Centro-Oeste que sustentam que, este ano estaria mais quente e seco que
em anos anteriores não passa de uma impressão.
“Todos os anos, no fim do inverno, a temperatura se eleva, marcando a
transição entre as estações. A princípio, não me parece ter havido, na
região, nenhuma grande diferença em comparação a anos anteriores. Mas é
preciso aguardarmos os dados consolidados para termos uma resposta mais
categórica”, finalizou. As informações partem da Agência Brasil.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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