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CLIMA: MG reconhece crise hídrica e já prevê racionamento no Estado

28 de janeiro de 2015
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Porto Alegre, 28 de janeiro de 2015 – O governador de Minas Gerais,
Fernando Pimentel, descreveu como “grave” a crise hídrica no Estado e disse
nesta quarta-feira, após se reunir com a presidente Dilma Rousseff, que caso
não haja uma redução de 30 por cento do consumo em relação ao ano passado
será necessário implementar um rodízio e até mesmo um racionamento aos
consumidores mineiros.

“A situação de fato é grave, nós temos uma situação praticamente
crítica na região metropolitana (de Belo Horizonte) e, no norte do Estado,
municípios em situação quase de colapso de abastecimento de água”,
descreveu o governador, que até o ano passado era ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior.

“Já estamos implementando a redução de consumo com campanha de
conscientização e também a adoção dentro em breve de uma sobretaxa para
consumidores que ultrapassarem a média de consumo do ano passado. É uma medida
absolutamente necessária”, disse.

“A meta é reduzir 30 por cento do consumo na região metropolitana
nesses próximos meses. Se essa campanha não for suficiente, nós vamos para o
rodízio e se não for suficiente nós vamos para o racionamento. Infelizmente,
essa é a verdade”, acrescentou.

Pimentel se reuniu com Dilma para detalhar a situação da crise
hídrica no Estado e para pedir ajuda do governo federal para uma obra
emergencial, que poderia ampliar a captação de água para a região
metropolitana de Belo Horizonte em até 5 metros cúbicos por segundo.

Essa obra, porém, sequer tem projeto pronto. Segundo ele, a Copasa,
companhia de saneamento do Estado, deve ter um projeto concluído até o final
de fevereiro, quando haverá estimativas de custos e com quanto o governo
federal poderá ajudar.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que o governo federal
fará o que puder ajudar o Estado.

“Essa obra aumentando a vazão para o sistema do rio Manso pode ser
executada ao longo desse ano”, disse. O governador disse que se “tudo der
certo” a obra ficará pronta em novembro.

O ministro disse que esse “projeto na verdade vai representar um
aditivo num contrato de PPP que já existe”. E, segundo ele, ainda não está
definido qual a melhor forma que o governo federal pode ajudar. Ele citou a
possibilidade de incluir a obra no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
ou mesmo atuar de forma conjunta para acelerar o licenciamento da obra.

Dilma se reúne ainda nesta quarta-feira com o governador do Rio de
Janeiro, Luiz Fernando Pezão, também para tratar da questão hídrica e é
aguardada para essa semana uma nova reunião com o governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin, sobre o tema.

A região Sudeste do país atravessa uma crise de chuvas abaixo da
média histórica, temperaturas altas desde o ano passado e medidas
governamentais insuficientes para frear o consumo e desperdício de água.

Na semana passada, o reservatório de Paraibuna, uma das quatro represas
do rio Paraíba do Sul que abastece com água a região metropolitana do Rio de
Janeiro, esgotou seu volume útil, enquanto os outros reservatórios do rio
estavam em níveis próximos do esgotamento.

Em São Paulo, o racionamento para a região metropolitana poderá
prever no pior cenário interrupção no abastecimento por cinco dias na semana
e retomado nos outros dois, afirmou na véspera o diretor da companhia de água
do Estado, Sabesp, Paulo Massato. As informações partem do site da Reuters.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

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