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CLIMA: Mudança pode afetar inflação, bancos e política monetária – Lagarde

25 de janeiro de 2021
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Porto Alegre, 25 de janeiro de 2021 – As mudanças climáticas decorrentes
do aquecimento global são importantes para os bancos centrais porque podem
influenciar a inflação, a estabilidade do sistema financeiro e a transmissão
da política monetária, afirmou a presidente do Banco Central Europeu (BCE),
Christine Lagarde, num discurso.

Segundo ela, as mudanças climáticas “impactam nosso mandato primário de
estabilidade de preços por meio de vários canais” e por isso este assunto
será levado em consideração na revisão da estratégia de política
monetária da instituição.

“A mudança climática pode criar volatilidade de curto prazo na
produção e na inflação por meio de eventos extremos no clima, e se não for
abordada pode ter efeitos de longa duração sobre o crescimento e a inflação.
As políticas de transição e inovação também podem ter um efeito
significativo sobre o crescimento e a inflação. Estes fatores podem
potencialmente causar uma divergência durável entre a inflação cheia e o
núcleo da inflação e influenciar as expectativas das famílias e das
empresas”, afirmou.

A transmissão da política monetária – o quanto da decisão sobre os
juros tomada pelo BCE chega aos tomadores de empréstimos – também pode ser
prejudicada conforme os riscos físicos decorrentes da mudança climática
afetem o preço de ativos e gerem perdas para as instituições financeiras.

Além disso, segundo Lagarde, o próprio BCE está exposto aos riscos
decorrentes da mudança climática porque detém investimentos e oferece
garantias às instituições bancárias, e pode ficar cada vez mais limitado em
suas decisões de política monetária caso o aquecimento global avance sem
controle.

“Por exemplo, a oferta de mão de obra e a produtividade podem diminuir
como resultado de um estresse por calor, incapacidade temporária de trabalhar e
taxas maiores de mortalidade e de morbidez. Os recursos podem ser realocados de
uso produto para apoio à adaptação, enquanto o acúmulo de capital pode ser
prejudicado pela destruição crescente vinda de desastres naturais e dinâmicas
de investimento mais fracas relacionadas ao aumento da incerteza”, afirmou.

Segundo Lagarde, o aumento na volatilidade de curto prazo e as mudanças
estruturais aceleradas dificultariam a detecção dos choques econômicos
relevantes para a inflação no médio prazo pelo BCE.

“Nossa revisão de estratégia permite que avaliemos com mais profundidade
como podemos continuar a proteger nosso mandato frente a estes riscos e, ao
mesmo tempo, fortalecer a resiliência da política monetária e o nosso
balanço dos riscos climáticos. Isso naturalmente envolve avaliar a
viabilidade, eficácia e efetividade das opções disponíveis e garantir que
elas sejam consistentes com nosso mandato”, afirmou. Com informações da
Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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