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CLIMA: Novembro terá chuvas abaixo da média no Norte e Nordeste, diz Inmet

31 de outubro de 2023
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Porto Alegre, 31 de outubro de 2023 – O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que,
em novembro, a chuva será abaixo da média em áreas das regiões Norte e Nordeste e acima da
média nas demais regiões do país.

No Norte, os estados de Roraima, Amapá, centro norte do Amazonas e do Pará, Tocantins e em
grande parte da região Nordeste, os volumes serão inferiores a 80 milímetros (mm). Já no sul da
Região Norte, a chuva pode ultrapassar os 180 mm.

Em parte da região Nordeste, incluindo o Ceará, a chuva deve ficar próxima à média
histórica, com acumulados abaixo de 40 mm. O excesso de chuvas ocorrerá na maior parte das
regiões Centro-Oeste e Sudeste, com o retorno gradual das chuvas em áreas do sudeste de Mato
Grosso, Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo, com volumes que podem superar os 200 mm, ficando
assim acima da média.

Para a Região Sul, a previsão é de chuva acima da média em todo o território,
principalmente no oeste do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde os volumes podem superar os 160
mm.

Temperaturas

O mês de novembro será marcado pelo calor em todo o Brasil, com temperaturas que devem ficar
acima da média em grande parte do país, principalmente em áreas do Mato Grosso, Pará, Tocantins,
Maranhão, Piauí e oeste da Bahia. Nestas localidades, os termômetros podem superar os 28 graus
Celsius (C). No Sul e Sudeste do país, as chuvas podem amenizar o calor e os termômetros poderão
marcar temperaturas inferiores a 24C.

El Niño 2023

Até o dia 16 de novembro, o fenômeno climático El Niño poderá provocar grandes volumes de
chuvas que contribuirão para elevar os níveis de água no solo, com valores superiores a 90%,
ocasionando encharcamento do solo no Sul do País. Além desta região, o El Niño provocará chuvas
acima da média ainda sobre o noroeste e oeste da região Norte, além de áreas centrais do Brasil,
como o centro-sul de Mato Grosso do Sul e alguns pontos dos estados da região Sudeste.

Em algumas dessas áreas, a umidade no solo poderá alcançar valores acima de 80%. Nas demais
regiões do país, o El Niño acentuará as condições de secas maiores do que o normal, com
destaque para o bioma amazônico, principalmente no centro-leste da região, onde a influência do
fenômeno é maior.

A previsão dos impactos deste evento natural são do Inmet e do Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (Inpe) em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Centro
Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastre (Cenad).

A meteorologista do Inmet, Naiane Araújo, disse à Agência Brasil que o El Niño deve ter seus
efeitos percebidos ainda por alguns meses, em uma intensidade moderada, devido ao aquecimento das
águas no Oceano Atlântico, próximas à linha do Equador.

“Neste primeiro momento, a previsão é que passemos toda a primavera com os efeitos do El Niño
e que ele continue ao longo do nosso verão. E sentimos o reflexo no nosso país, com chuvas lá no
Sul e uma diminuição das chuvas mais ao Norte. E aqui, na área central do Brasil, com o fenômeno
configurado, há uma certa irregularidade da chuva, mas não tem um impacto tão bem definido.”

Sobre as fortes chuvas que atingiram, sobretudo, os estados do Rio Grande do Sul e Santa
Catarina em setembro e outubro, a meteorologista do Inmet explica que são consequências das
mudanças climáticas do planeta. Para ela, o El Niño veio potencializar a situação.

“Temos vivenciado, cada vez mais eventos extremos: as chuvas estão ficando cada vez mais
agressivas, mais volumosas e as secas mais severas, os frios mais intensos. Então, há episódios
de eventos extremos já cada vez mais recorrentes e, em um ano de influência do El Niño no Sul,
essa situação veio a se potencializar. Ele foi um ingrediente a mais.”

Impactos na agricultura

De acordo com as previsões do Inmet sobre possíveis impactos das condições meteorológicas
de novembro na safra 2023/24, os baixos volumes de chuva nas áreas do Matopiba (região que engloba
os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) manterão baixos os níveis de água no solo,
exceto em áreas do sul do Tocantins e extremo oeste da Bahia, onde haverá uma ligeira
recuperação da umidade no solo.

Com isso, o desenvolvimento inicial dos cultivos de primeira safra que já estão em andamento,
em novembro, poderá ser impactado. O Inmet aponta ainda que, em grande parte do Brasil central, o
retorno das chuvas será importante para recuperar o armazenamento de água no solo, especialmente
em áreas do norte de Mato Grosso e de Goiás, bem como para o início da safra de grãos. No Mato
Grosso do Sul, São Paulo e sul de Minas Gerais e de Goiás, a umidade no solo será suficiente para
suprir as necessidades das fases iniciais da safra 2023/24.

Em algumas áreas da região Sul, o excesso de chuva e o consequente encharcamento do solo,
poderão impactar na colheita dos cultivos iniciados no inverno e mais: impedirá a continuidade do
plantio de sementes referentes aos cultivos de primeira safra, alertou o Inmet.

O Instituto disponibiliza diariamente informações sobre previsões oficiais do tempo,
estimativa de chuvas, além de avisos meteorológicos especiais no site e nas redes sociais do
instituto. As informações são da Agência Brasil.

Revisão: Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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