Porto Alegre, 9 de fevereiro de 2023 – O Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos
(Simagro-RS) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi)
concluiu, nesta semana, mais uma etapa do projeto de ampliação da rede de estações automáticas
para o monitoramento agroclimático e desenvolvimento de produtos específicos para o setor
agropecuário do Rio Grande do Sul. Em 20 municípios, foram revitalizadas 14 e instaladas mais seis
(em Esteio, Montenegro, Itaqui, Alegrete, Cerro Largo e Santo Ângelo), totalizando 50 estações. A
ideia é que, até o final de 2023, a rede própria do Estado conte com 100 pontos de coleta de
dados agroclimáticos.
Segundo o meteorologista da Seapi e coordenador do Simagro, Flavio Varone, as revitalizações e
novas instalações começaram no dia 16 de janeiro, e o valor do investimento dessa etapa foi de
mais de R$ 850 mil, oriundos do Programa Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural.
“Essa é uma ferramenta que permite ao setor o planejamento de ações com base no monitoramento
climático e no uso correto de produtos fitossanitários, o que permite mais assertividade ao
trabalho realizado”, ressalta o secretário da Agricultura, Giovani Feltes.
Conforme Varone, o Simagro está desde 2019 em atividade, e a primeira estação foi instalada
em 2020, em Pinheiro Machado. “O impacto no monitoramento aqui no Estado é enorme, se pensarmos que
em 2019, quando o projeto foi iniciado, só tínhamos 14 estações do Departamento de Diagnóstico
e Pesquisa Agropecuária (DDPA), que estavam no campo e, mesmo assim, não eram todas que
funcionavam”, relembra o meteorologista. “A partir de então, instalamos outras 30 e, agora,
revitalizamos 14 e instalamos seis, totalizando 50”, afirma.
De acordo com Varone, as 50 estações do Simagro compõem, junto com o Instituto Nacional de
Meteorologia (Inmet), uma rede de cerca de 100 pontos de coleta de dados agroclimáticos. “Tendo em
vista que o Inmet possui 45 estações, praticamente mais que duplicamos o poder de coleta de dados
para fazer esse monitoramento climático e agroclimático aqui no Estado”, diz com satisfação.
“O benefício é enorme, pois vamos começar a gerar produtos de suporte para o agricultor.
Esses dados serão utilizados pelos produtores para que façam as atividades dentro de suas
propriedades e, também, podem ser usados para a extensão e a pesquisa”, esclarece o
meteorologista.
Com relação à estiagem, o pesquisador diz que é possível avançar no levantamento de dados.
“A gente vai conseguir calcular algumas variáveis que auxiliam no monitoramento da seca. E, a
partir do momento que se tenha uma série maior, esses dados vão entrar nos nossos modelos de tempo
e clima – que fazem a previsão diária e também a sazonal para alguns meses”, pontua Varone, que
acredita que, a partir da assimilação das informações nesses modelos, será possível o
monitoramento e a previsão de estiagem.
Ele esclarece que os modelos de tempo e clima que existem no Simagro serão alimentados por
esses dados e, dessa forma, será possível conhecer o que realmente acontece dentro das
propriedades rurais do Estado. “Poderemos calcular balanço hídrico, deficiência, se tem excesso
hídrico, se tem uma condição de estiagem a partir de índices de seca. As estações são
instaladas em diversas culturas, então, a partir disso, a gente pode tirar também índices
próprios para cada cultura”, projeta Varone. As informações partem da assessoria de imprensa da
Seapi.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45