A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou uma transmissão ao vivo pelas redes sociais para debater os desafios da economia brasileira e do agro pós-pandemia na terça-feira (02).
O encontro foi mediado pelo coordenador do Núcleo Econômico da CNA, Renato Conchon, e teve como convidados a economista sênior da LCA Consultores, Thais Zara, e o economista sênior da MCM Consultores, Mauro Schneider.
“Procuramos trazer para o produtor um cenário de como o setor vai passar por essa crise tão violenta em todo o mundo. Existem muitas dúvidas sobre como a economia mundial está se adequando, sobre os impactos na renda e no consumo e sobre medidas adotadas para diminuir os efeitos do coronavírus”, disse Renato Conchon.
Para os participantes, o distanciamento social provocado pela pandemia é o fator que mais afetou a economia, com redução da demanda e aumento do desemprego em vários países. Mesmo com as medidas tomadas pelo governo para dar sustentação de renda às pessoas e suporte para empresas não falirem, a recuperação deverá ser lenta e dependerá de aspectos como a duração da pandemia, o contexto político e o mercado de trabalho.
No setor agropecuário, que conseguiu manter as exportações nos primeiros meses do ano e se prepara para mais uma safra recorde, os impactos deverão ser menores. Segundo Thais Zara, é preciso acompanhar as questões logísticas nos importadores dos produtos brasileiros, principalmente China e União Europeia, e torcer para que não ocorra uma segunda onda mundial da pandemia.
“O PIB do agro deverá crescer pouco em razão da queda do abate, provocada pela redução da demanda de carne nos países compradores. Por outro lado, teremos expansão de lavouras na ordem de 3%. O agro vai sustentar as exportações e contribuir para que o País não tenha uma queda do PIB ainda mais forte esse ano”, afirmou ela.
Já o economista sênior da MCM Consultores prevê uma situação delicada do ponto de vista fiscal e orçamentário com a crise, mas não acredita que o agro será afetado por medidas de austeridade do governo. Na opinião dele, o setor é o mais capacitado para ajudar o Brasil a “andar para a frente” e ter uma retomada econômica mais rápida.
“O agro tem espaço de vendas para o exterior permanentemente aberto e deverá ser o único a crescer esse ano. Você não pode abrir mão de um setor tão importante, que gera riqueza, conforto e representa grande parte do PIB”, declarou Mauro Schneider.
Outro fator que preocupa é a depreciação da moeda brasileira nos últimos meses. De acordo com os economistas, a incerteza econômica e a “turbulência” política que o Brasil enfrenta poderão trazer volatilidade por algum tempo, mas o câmbio tende a normalizar à medida que o risco for reduzindo e a economia der sinais de recuperação.
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Atualizado em: 22/11/2024 17:50