Apesar das vendas lentas na ponta final da cadeia, o atacado vem se abastecendo, sem acumular estoques, aguardando uma recuperação com o início do mês. A análise da Scot Consultoria aponta que este fato, somado à redução na oferta, colaborou com as valorizações. Nas principais praças o que se vê é um novo ajuste nos preços. São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul tiveram melhoras consideráveis nos valores de comercialização do animal vivo.
Bolsa de Comercialização de Suínos do Estado de São Paulo “Mezo Wolters” definiu preços com comercialização para frigoríficos em R$ 80,00/@ = R$ 4,27/Kg vivo condições bolsa (posto frigorífico com 21 dias no pagamento). No mercado regional em R$ 82,00/@ = R$ 4,37/Kg vivo. De acordo com a Associação Paulista dos Criadores de Suínos, há um ano atrás o preço do suíno estava entre R$ 73,00 a R$ 75,00/@ e o preço do animal abatido (carcaça) entre R$ 5,80 a R$ 6,20/Kg. O milho na época cotado em R$ 46,00 a R$ 48,00/saca de 60 quilos. O boi estava em R$ 153,00 a R$ 155,00/@. Hoje o milho cotado em R$ 26,50/saca o boi em R$ 126,00/@ e a carcaça (animal abatido) entre R$ 6,50 a R$ 6,70/Kg.
Em Santa Catarina, o quilo do suíno vivo no mercado independente inicia a semana com alta de R$ 0,10 e foi cotado a R$ 3,80 em Santa Catarina. Conforme pesquisa semanal de preços feita pela Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o reajuste se deve pela alta procura dos frigoríficos por animais. Segundo a associação, os suínos alojados também estão com peso abaixo do ideal, de modo que não há excedente na oferta no mercado catarinense.
A pesquisa semanal da cotação do suíno, milho e farelo de soja no Rio Grande do Sul, feita na segunda-feira (31) pela Associação de Criadores de Suínos do RS (ACSURS), apontou aumento de mais R$ 0,14 no preço médio pago pelo quilo do suíno vivo ao produtor independente no Estado, passando para R$ 3,80 (anterior R$ 3,66). O valor da saca de 60 quilos do milho está em R$ 25,50 (anterior R$ 26,16) e o farelo de soja em R$ 1.025,00 no pagamento à vista (anterior R$ 1.020,00) e em R$ 1.045,00 no pagamento com 30 dias de prazo (anterior R$ 1.035,00), comunicou.
A Bolsa da Associação dos Suinocultores de Minas Gerais (ASEMG) definiu na quinta-feira (27/07) o valor de R$4,40 para a comercialização do quilo do suíno vivo em Minas. O preço tem validade até o dia 03/08 quando haverá uma nova definição. Já no Paraná, o quilo do animal vivo ficou definido em R$ 3,90, ante R$ 3,80.
Integração
De acordo com o presidente da ACCS, Losivanio Luiz de Lorenzi, as agroindústrias também devem reajustar os preços na integração. “Conforme o histórico de preços, a partir de agosto o setor de suínos começa a reagir com o aumento do consumo e também com os mercados preparando seus estoques para as datas comemorativas dos próximos meses”, analisa Losivanio.
No Rio Grande do Sul, o preço médio na integração subiu para R$ 2,99. As agroindústrias e cooperativas apresentaram as seguintes cotações: Cooperalfa/Aurora R$ 3,00; Cosuel/Dália Alimentos R$ 2,95; Cotrijuí R$ 3,00; Cooperativa Languiru R$ 2,93; Cooperativa Majestade R$ 2,95; Ouro do Sul R$ 3,30; Alibem R$ 2,90; BRF R$ 2,90; JBS R$ 3,00; e Pamplona R$ 3,00.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50