Porto Alegre, 19 de fevereiro de 2021 – O presidente Jair Bolsonaro disse
que “alguma coisa vai acontecer na Petrobras nos próximos dias” depois de
criticar a empresa por anunciar um aumento “excessivo” no preço dos
combustíveis.
Ontem, a Petrobras anunciou que elevaria o preço da gasolina em 10,2%,
para R$ 2,48 por litro, e o do diesel em 15,2%, para R$ 2,58 por litro. Os novos
preços valem a partir de hoje.
Durante uma transmissão ao vivo feita ontem à noite, em que anunciou a
zeragem de impostos federais sobre o óleo diesel em março e em abril, o
presidente disse que a medida serviria para “contrabalancear esse aumento, no
meu entender excessivo”, no preço dos combustíveis anunciado pela Petrobras.
“Mas eu não posso interferir, nem iria interferir na Petrobras. Se bem
que alguma coisa vai acontecer na Petrobras nos próximos dias. Tem que mudar
alguma coisa. Vai acontecer”, acrescentou.
A Petrobras tem um papel fundamental na formação dos preços de
combustíveis no Brasil porque é praticamente a única fabricante destes
produtos no país. A estatal possui uma política de preços que consiste em
cobrar no mercado doméstico o mesmo valor praticado no exterior por estes
produtos, somado à margem de lucro da companhia.
Como a Petrobras detém o monopólio do refino de petróleo no Brasil, a
política de preços da companhia estabelece, na prática, um piso nacional para
os preços do diesel e da gasolina, visto que a concorrência enfrentada pela
Petrobras é de importadores de combustíveis – que seguem a mesma premissa da
estatal para fixar o preço dos produtos, visto que compram o produto no
exterior.
No final de 2020, o preço da gasolina nas refinarias era de R$ 1,84 por
litro, enquanto o diesel era de R$ 2,02 – o que significa que, no acumulado de
2021, a Petrobras elevou o preço da gasolina em 34,8% e o do diesel em 27,7%.
O preço do óleo diesel é um assunto sensível para o governo federal
porque prejudica os caminhoneiros autônomos. A categoria chegou a ensaiar uma
paralisação no início de fevereiro, mas os planos não avançaram porque
Bolsonaro sinalizou com a desoneração do diesel na esfera federal.
O principal pedido dos caminhoneiros é que a Petrobras abandone a atual
política para os preços dos combustíveis, mas até então não havia nenhuma
sinalização do governo ou da companhia de que essa demanda seria atendida. Com
informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 15/08/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,57Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.665,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.400,00Milho Saca
R$ 68,75Preço base - Integração
Atualizado em: 19/08/2025 08:45