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COMBUSTIVEIS: FUP vê litro do diesel a R$ 10 no segundo semestre

3 de junho de 2022
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Porto Alegre, 03 de junho de 2022 – A Federação Única dos Petroleiros
(FUP) alerta para o risco de o litro do óleo diesel atingir R$ 10 no segundo
semestre do ano, acima dos atuais R$ 7, em média, com impactos ainda mais
severos sobre a inflação e às vésperas da colheita da safra agrícola,
quando aumenta a demanda pelo derivado.

Para o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, o país está diante da
iminente ameaça à segurança nacional, provocada pela demora na tomada de
decisões de importações e formação de estoques de diesel em tempo hábil.

Análises feitas pela área econômica da FUP indicam que estão dadas as
condições para nova escalada de preços dos combustíveis: com estoques
globais em níveis historicamente baixos, resultando na valorização das
cotações de referência e dos prêmios de exportação, a gasolina e o diesel
estão cerca de US$ 60 por barril acima do preço do petróleo.

Segundo projeções, o barril de petróleo poderá chegar à faixa de US$
120 nos próximos dias, e não está descartada a possibilidade de atingir o
pico de US$ 130/ US$ 140 no final de junho ou início de julho e de o crack
spread (diferença entre o preço do barril de petróleo e o preço do barril do
derivado) se valorizar ainda mais.

Além disso, o custo do frete, em torno de US$ 9,20 por barril de diesel
importado do Golfo Arábico ou da India (únicos pontos disponíveis
atualmente), para o Brasil, pode elevar o preço do derivado para US$ 196, até
US$ 200. Se houver escassez de diesel no mundo, como já se anuncia, o crack
spread poderá ser ainda maior. A média do tempo para o produto chegar no país
é 50 dias.

Diante do quadro de restrições de oferta internacional, distribuidoras
no Brasil já se ressentem de dificuldades de importações de derivados. De
acordo com relatos, em fevereiro (ainda antes da invasão da Ucrânia), quando
pedia uma cotação de carga, o distribuidor recebia cerca de 20 propostas
comerciais; agora, dificilmente se consegue mais do que uma cotação por dia.

O coordenador-geral da FUP acredita em risco de desabastecimento de diesel
no Brasil, probabilidade de adoção de racionamento entre julho e agosto, e
importações do produto de origens mais distantes e com qualidades distintas.

Consultorias preveem o segundo semestre mais difícil, não somente pela
temporada de furacões nos Estados Unidos (junho a novembro) – que traz
incertezas no refino do Golfo Americano e maior volatilidade de preços – como
também pelo aumento de demanda do derivado no Hemisfério Norte.

Bolsonaro continua com a política de desmonte da Petrobrás, com a venda
de refinarias, redução de investimentos no setor e obras que não concluiu
(segundo trem da refinaria Abreu e Lima, refinarias Premium 1 e 2 e Complexo
Petroquímico do Rio e Janeiro), além da manutenção do equivocado preço de
paridade de importação (PPI), observa Bacelar, lembrando que, com base no PPI,
o preço do litro do óleo diesel bateu novo recorde em maio último, o maior
valor em 18 anos (média de R$ 7 por litro).

As informações partem da assessoria de imprensa da FUP.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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Alibem - base suíno leitão

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Estrela Alimentos - base leitão

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Pamplona* base suíno leitão

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