A produção brasileira de carne suína deverá atingir neste ano 3,643 milhões de toneladas, volume 4,9% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, que foi de 3,471 milhões de toneladas.
O consumo per capita do Brasil chegará em 2015, pela primeira vez na história, a 15 quilos, índice 2,7% superior em relação ao registrado em 2014.
Para o próximo ano, o setor de suínos prevê um crescimento de 2% a 3% na produção nacional. “Para tanto, além do incremento dos embarques, espera-se uma leve alta no consumo per capita do Brasil”, destaca Turra.
Exportações
As exportações brasileiras de carne suína em 2015 deverão atingir 550 mil toneladas, elevação de 8,9% em relação às 505 mil toneladas obtidas no ano anterior. Em reais, os embarques deverão render um total de R$ 4,3 bilhões, número 14% superior ao de 2014. Já em dólares, há uma retração esperada de 20%, totalizando US$ 1,2 bilhão. “No ano passado, a aceleração das vendas para o Leste Europeu pressionou os valores de venda, que atingiram altas históricas. Neste ano, vimos uma readequação dos níveis dos preços a patamares equivalentes ao de anos anteriores, o que justifica a retração da receita”, explica Turra.
Em novembro, as exportações brasileiras de carne suína in natura cresceram 51% neste mês em comparação com o mesmo período do ano passado, alcançando 55,2 mil toneladas. O número é o maior registrado em 2015.
No saldo em reais, houve elevação de 34% no mês, chegando a R$ 460,5 milhões. Já receita cambial, foi registrada redução de 10%, com US$ 121,9 milhões.
Com o bom desempenho de novembro, as exportações de carne suína in natura acumularam alta de 12% nos onze primeiros meses deste ano, chegando a 435 mil toneladas. Com isto, a receita em reais cresceu 16% no período, totalizando R$ 3,668 bilhões. Em dólares, houve retração de 19%, chegando a US$ 1,1 bilhão.
“Neste ano, o grande destaque foi a Rússia, responsável cerca de 45% do total exportado pelo país, com uma elevação média de 30% nas compras deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado”, destaca o vice-presidente de suínos, Rui Eduardo Saldanha Vargas.
Para 2016, o setor prevê um crescimento entre 2 e 3% nos embarques realizados pela suinocultura do Brasil. “Além da melhoria da performance das vendas para o Leste Europeu e grandes compradores da Ásia (como Hong Kong e Singapura), espera-se que as duas novas plantas habilitadas influenciem positivamente os embarques para a China. Há, também, boas expectativas quanto à abertura do mercado da Coreia do Sul, Austrália, Nova Zelândia e Unirão Europeia”, aponta Turra.
“Também está no radar a abertura para venda ao varejo na África do Sul, além da possível elaboração do protocolo de miúdos para embarques à China”, completa Vargas.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50