Suinocultura

Consumo per capita de carne suína do Brasil alcança índice histórico em 2015

10 de dezembro de 2015
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O trabalho integrado entre os elos da cadeia de produção da suinocultura trouxeram resultados acima da expectativa em 2015. A produção brasileira de carne suína deverá atingir neste ano 3,643 milhões de toneladas, volume 4,9% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, que foi de 3,471 milhões de toneladas. O consumo per capita do Brasil chegará em 2015, pela primeira vez na história, a 15 quilos, índice 2,7% superior em relação ao registrado em 2014. Para o próximo ano, o setor de suínos prevê um crescimento de 2% a 3% na produção nacional e também um leve aumento do consumo per capita no país.

Esses resultados foram oficializados durante a coletiva de imprensa realizada pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), na quarta-feira (9), em São Paulo. Segundo o vice-presidente de suínos, Rui Eduardo Saldanha Vargas, os números superaram a expectativa do setor. “Nós ficamos acima das expectativas que tínhamos sobre o ano, porque foi tão divulgado que seria um ano difícil, e realmente passamos 2015 e podemos dizer que tivemos resultados satisfatórios. Claro que tivemos momentos difíceis, mas podemos dizer que foi um ano bom. Isso decorre porque temos trabalhado sempre dentro de um espírito de integração de cadeia, onde discutimos com todos os elos da cadeia o equilíbrio da produção e conseguimos chegar a esses resultados”, disse.

Exportações

As exportações brasileiras de carne suína em 2015 deverão atingir 550 mil toneladas, elevação de 8,9% em relação às 505 mil toneladas obtidas no ano anterior. Em reais, os embarques deverão render um total de R$ 4,3 bilhões, número 14% superior ao de 2014. Já em dólares, há uma retração esperada de 20%, totalizando US$ 1,2 bilhão. “No ano passado, a aceleração das vendas para o Leste Europeu pressionou os valores de venda, que atingiram altas históricas. Neste ano, vimos uma readequação dos níveis dos preços a patamares equivalentes ao de anos anteriores, o que justifica a retração da receita”, explica Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA.

Em novembro, as exportações brasileiras de carne suína in natura cresceram 51% neste mês em comparação com o mesmo período do ano passado, alcançando 55,2 mil toneladas. O número é o maior registrado em 2015.

No saldo em reais, houve elevação de 34% no mês, chegando a R$ 460,5 milhões. Já receita cambial, foi registrada redução de 10%, com US$ 121,9 milhões.

Com o bom desempenho de novembro, as exportações de carne suína in natura acumularam alta de 12% nos onze primeiros meses deste ano, chegando a 435 mil toneladas. Com isto, a receita em reais cresceu 16% no período, totalizando R$ 3,668 bilhões. Em dólares, houve retração de 19%, chegando a US$ 1,1 bilhão.

“Neste ano, o grande destaque foi a Rússia, responsável cerca de 45% do total exportado pelo país, com uma elevação média de 30% nas compras deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado”, destaca Vargas.

Para 2016, o setor prevê um crescimento entre 2 e 3% nos embarques realizados pela suinocultura do Brasil. “Além da melhoria da performance das vendas para o Leste Europeu e grandes compradores da Ásia (como Hong Kong e Singapura), espera-se que as duas novas plantas habilitadas influenciem positivamente os embarques para a China. Há, também, boas expectativas quanto à abertura do mercado da Coreia do Sul, Austrália, Nova Zelândia e Unirão Europeia”, aponta Turra.

“Também está no radar a abertura para venda ao varejo na África do Sul, além da possível elaboração do protocolo de miúdos para embarques à China”, completa o vice-presidente de suínos.

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Alibem - base suíno leitão

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