Agroindústrias e Cooperativas

Cooperativa Languiru: “A crise nos ensinou grandes lições”

24 de julho de 2017
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“Como superar a crise – o atual momento econômico da Cooperativa Languiru, estratégias e perspectivas para 2017” foi tema de palestra do presidente Dirceu Bayer em evento realizado no Salão Social da Associação dos Funcionários da Languiru no dia 21 de julho. A palestra-almoço reuniu mais de 400 pessoas, entre associados e famílias, agentes financeiros, prefeitos, secretários municipais, vereadores, imprensa, líderes de Núcleo, conselheiros fiscais e de administração, parceiros, representantes de cooperativas coirmãs e da Ocergs, lideranças locais e regionais, representantes de entidades sindicais, Governo do Estado, formadores de opinião, assessores, coordenadores e gerentes da Languiru.

“Este é um dia especial, momento para compartilhar o bom momento vivido pela Languiru depois de dois anos de extrema dificuldade (2015 e 2016). Com esta prestação de contas procuramos contribuir com a boa imagem da cooperativa e apresentar perspectivas de futuro otimistas. Entre erros e acertos ao longo dos últimos anos, é possível comemorar muito mais acertos, o que coloca a Languiru nesta situação favorável, apesar da crise, moral e ética, que assola a nossa economia e política nacional”, destacou Bayer na abertura do evento.

Recuperação

Entre os fatores que contribuíram para a recuperação da Languiru ao longo dos últimos 15 anos e mais especificamente no primeiro semestre de 2017, Bayer frisou a credibilidade da cooperativa junto às instituições financeiras, a recente queda no preço dos insumos, a eficiência do associado produtor e o parque industrial preparado.
Nesse contexto, o presidente também citou algumas das principais medidas adotadas pela Languiru no período de 2015 a 2017, além de anunciar alguns dos próximos investimentos para os anos de 2018 e 2019, que consideram o incremento no volume produtivo dos frigoríficos de aves e suínos, além da construção da queijaria junto à Indústria de Laticínios, em Teutônia.
“Passamos por momentos difíceis, todos sofremos com a situação, mas hoje colhemos os frutos e comemoramos o bom momento. Precisamos mostrar o que temos de bom. A crise nos ensinou grandes lições. Tenho a convicção de que estamos no caminho certo, fazendo o ‘dever de casa’. A Languiru cresceu muito nos últimos anos e precisamos de gestão e ferramentas de controle”, destacou Bayer, recordando o posicionamento da Languiru como segunda maior cooperativa de produção no Estado (ranking Revista Amanhã 2016).
Em tom de desabafo, o presidente salientou o empenho em prol da Languiru. “Precisamos valorizar todos que sempre acreditaram na cooperativa, em especial aos associados, que não nos abandonaram nos momentos de dificuldade ao longo dos anos e na história recente da Languiru”, disse, lembrando que a cooperativa sempre trabalhou na defesa dos produtores rurais associados.

Números

Entre outros dados, Bayer apresentou gráficos com o número de colaboradores, patrimônio líquido, resultado, fluxo de caixa, faturamento, volume de exportações e negócios em Dólares, investimentos, ações de recuperações de impostos, valores comparativos de custo de produção e preço de venda nos setores de milho, soja, suínos, aves e leite.
Por fim ainda apresentou fotografias que destacaram a evolução em termos de infraestrutura da Languiru ao longo de seus 61 anos, considerando as unidades produtivas, comerciais e administrativas.
“Nunca tivemos um resultado tão positivo no primeiro semestre do ano, inclusive de fluxo de caixa. Até o final de junho o faturamento da Languiru já ultrapassa os R$ 599 milhões e o resultado do primeiro semestre alcança R$ 8,5 milhões. Depois de dois anos extremamente difíceis, o atual exercício é realmente animador. Os anos de 2015 e 2016 só não foram piores do que 2002 pelo fato de que contamos com indústrias próprias e modernas neste momento de crise, diferentemente de 15 anos atrás, quando nosso parque industrial estava sucateado ou nem existia. A imagem e a realidade da Languiru hoje são muito positivas. Não podemos esquecer o passado de dificuldades para podermos valorizar o quanto evoluímos”, comparou Bayer.

Investimentos

Sobre investimentos no atual exercício, o presidente adiantou que o momento não é propício. “Estamos nos preparando para investir no momento certo, mas hoje a taxa de juros não é convidativa para contrair novos valores para obras de grande porte. Em 2017 a única obra prevista é a construção de secador de milho junto à Fábrica de Rações, em Estrela. Embora nosso planejamento não previsse novos investimentos desse porte, a nova estrutura é necessária para atender à demanda produtiva dos associados da Languiru. A expectativa é de que esteja concluído para a próxima safra”, explicou Bayer, prevendo o incremento no volume de grãos a partir da criação do Cartão Verde, que garante benefícios aos associados produtores de milho da Languiru.
Além disso, adiantou que a cooperativa ainda pretende inaugurar em 2017 nova loja Agrocenter Languiru no município de Arroio do Meio e mais um Supermercado Languiru no Bairro Canabarro, em Teutônia. “Queremos estar cada vez mais próximos de nossos associados e clientes”, acrescentou.

Cenário

Bayer também enfatizou o empenho da cooperativa na recuperação de impostos, que no primeiro semestre de 2017 já representaram R$ 27,1 milhões. “Estima-se movimentar a rubrica de Impostos a Recuperar, no curto prazo, entre o período de 1º de julho de 2017 e 30 de junho de 2018, a importância de R$ 65 milhões”, anunciou.
Quanto ao cenário dos setores produtivos, salientou que o momento para as carnes (aves e suínos) é bastante favorável. Porém, mostrou-se preocupado com a cadeia leiteira. “Um dos grandes problemas está na importação de leite em pó para o Brasil. Isso desestrutura toda a cadeia e atinge em cheio as cooperativas e os produtores rurais. Essa realidade, mais uma vez, mostra a importância da diversidade produtiva e de negócios da Languiru. Nosso desempenho positivo está alicerçado nos bons números apresentados em outros setores da cooperativa”, enumerou.

Motivação

“É fundamental manter o otimismo. A Languiru é caracterizada pela transparência nas suas ações e qualidade de seus produtos. Vamos seguir, unidos, cuidando da cooperativa que é dos associados, a razão de ser da Languiru. A cooperativa exerce importante papel econômico e social nas comunidades onde está presente”, finalizou Bayer, mencionando recentes prêmios conquistados, como Destaque Mercadológico no 45º Prêmio Exportação RS e posição destacada no Prêmio Quem é Quem (3º lugar Social, 4º lugar Econômico-Financeiro, 4º lugar Sustentabilidade e 12º lugar entre as empresas exportadoras de carne suína).
O vice-presidente da Languiru, Renato Kreimeier, encerrou a programação, saudando a todos os presentes e compartilhando da alegria pelo momento da Languiru. “De fato, vivemos um excelente momento, coroando o trabalho de associados e colaboradores, dos Conselhos de Administração e Fiscal. Toda essa dedicação reflete no desempenho da Languiru no mercado nacional e internacional, com produtos de qualidade e bem conceituados, e na mudança de cultura da Languiru, cujo foco do trabalho está no associado, na redução de despesas e no resultado. A Languiru está forte e sólida, com perspectivas de futuro muito otimistas”, concluiu Kreimeier.

Cotação semanal

Dados referentes a semana 28/06/2024

Suíno Independente kg vivo

R$ 6,99

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 2.205,00

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.300,00

Milho Saca

R$ 63,50
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Preço base - Integração

Atualizado em: 02/07/2024 14:00

AURORA* - base suíno gordo

R$ 5,55

AURORA* - base suíno leitão

R$ 5,65

Cooperativa Majestade*

R$ 5,55

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 5,50

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 5,65

Alibem - base creche e term.

R$ 4,70

Alibem - base suíno leitão

R$ 5,55

BRF

R$ 5,35

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 4,52

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 5,60

JBS

R$ 5,30

Pamplona* base term.

R$ 5,55

Pamplona* base suíno leitão

R$ 5,65
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

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