Agroindústrias e Cooperativas

Cooperativa Languiru presta contas em assembleia

3 de abril de 2017
Compartilhe

No dia 31 de março a Cooperativa Languiru realizou Assembleia Geral Ordinária. Tendo por local o ginásio da Associação dos Funcionários, o evento contou com a participação de cerca de 550 pessoas, entre associados, colaboradores, autoridades e representantes de entidades parceiras. Iniciando com almoço, a terceira e última convocação ocorreu às 13h30min, com as boas-vindas do presidente da Languiru, Dirceu Bayer, que ressaltou a importância dos associados na tomada de decisões da cooperativa. “Esta é uma assembleia histórica e temos motivos de sobra para comemorar. Considerando a crise econômica e política que assola o país desde 2015, ainda assim alcançamos o faturamento bruto recorde de R$ 1,254 bilhão no último exercício. Isso é fruto da eficiência e da união de associados e colaboradores”, frisou.

O presidente lembrou a superação de desafios, especialmente a partir de 2002, e enfatizou que a Languiru estava preparada para as adversidades de 2016. “Ao longo dos últimos 15 anos, a duras penas e muito trabalho, recuperamos a credibilidade da Cooperativa Languiru, e também devemos isso a nossa fé em Deus. 2016 foi o pior ano da economia brasileira em toda sua história, mas a cooperativa soube enfrentar tudo isso. Economicamente, a Languiru está bem, conta com um patrimônio industrial novo, com habilitação de comercialização para o mercado interno e externo, uma Indústria de Laticínios e um Frigorífico de Suínos próprios, um Frigorifico de Aves modernizado, e pessoas muito qualificadas, tanto nas unidades da cooperativa como nas propriedades dos associados”, enalteceu, colocando a direção da cooperativa à disposição dos associados para qualquer dúvida. “Tivemos sim problemas financeiros, mas conseguimos manter nossos compromissos em dia e mantivemos a estrutura produtiva intacta”, acrescentou.
O vice-presidente Renato Kreimeier seguiu a ordem do dia, com apresentação do demonstrativo técnico, cujos dados puderam ser acompanhados pelos associados no telão e no Relatório de Atividades 2016, material especial impresso e distribuído na recepção da assembleia. “Os associados são os donos da cooperativa e devem seguir motivados para trabalhar, juntamente com a dedicação dos nossos colaboradores, permitindo que a Languiru siga evoluindo. Esse é o motivo de estarmos reunidos em assembleia, felizes com a presença de expressivo público”, disse.
“Sofremos com os altos custos de produção, o último exercício foi realmente desafiador, mas todos os setores da Languiru tiveram crescimento em 2016. Os índices técnicos dos nossos associados, seja no frango, suínos e leite, são muito bons, e isso nos ajudou a enfrentar a crise. O que o produtor consegue fazer, deixamos para o produtor. Em contrapartida, a Languiru precisa ter eficiência nas suas plantas industriais, saber vender bem e pagar um preço justo aos produtores. A qualidade dos nossos produtos é reconhecida no mercado interno e externo, e contamos com uma riqueza muito grande, que o dinheiro não paga, que são os associados que produzem no seu dia a dia. Precisamos ser cada vez mais profissionais, com foco na gestão do negócio, cada vez com mais participação do associado, trabalhando todos com eficiência, austeridade, sabendo se adaptar às novas realidades para atingir os resultados que a cooperativa tanto precisa”, afirmou Kreimeier.
O vice-presidente ainda falou de ranking dos municípios que mais contribuem com a produção de matéria-prima recebida pela Languiru. “Hoje, sete municípios são responsáveis por 82% da produção da cooperativa, numa distância média de 18km a 20km das nossas indústrias, o que contribui significativamente para a nossa logística. Contamos com associados produtores em 74 municípios, mas a base fica muito próxima das nossas plantas industriais.”

Dados econômicos e financeiros – Bayer deu continuidade à ordem do dia com apresentação do demonstrativo do desempenho econômico da Languiru. “Em plena crise, o faturamento bruto da Languiru ainda cresceu 10,3%, com recorde de R$ 1,254 bilhão. Antes da variação cambial, algo que nem o governo consegue controlar, nosso resultado é de R$ 18,8 milhões. Em 2016, geramos mais de R$ 111,7 milhões em impostos e o nosso patrimônio líquido registrou acréscimo de 10,8%. Por isso, temos motivos a comemorar, os resultados da Languiru são bons.”

No que se refere ao resultado líquido, o presidente classificou como “empate técnico” os R$ 184.624,57. “Apesar de toda crise, nosso patrimônio líquido cresce, sinal de que fizemos nosso dever de casa ainda em 2015. Cortamos fundo na carne, fizemos as reformas necessárias, nosso custo financeiro cresceu com o aumento das taxas de juros, mas atuamos fortemente para que o nosso produtor não sentisse os impactos da crise”, disse.
Entre outros números, Bayer ainda frisou os R$ 20,8 milhões de investimentos realizados no último exercício, principalmente em obras de adequação e atendimento às exigências de legislação nas unidades industriais da cooperativa. No que se refere ao volume de exportações, o ano de 2016 representou mais de R$ 128,8 milhões. “Estamos muito atentos aos cenários, nos reinventamos diariamente. Precisamos de uma capacidade gerencial muito grande para controlar toda a diversidade de negócios da Languiru”, afirmou Bayer.

Inclusão social e produtiva – Aproveitando a presença de prefeitos e secretários municipais de Agricultura, Bayer falou de projeto de inclusão social e produtiva, idealizado pela Cooperativa Languiru, com apoio e envolvimento da Emater, de Sindicatos de Trabalhadores Rurais, de Secretarias Municipais da Agricultura de Teutônia, Estrela e Westfália, do Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA) e da Sicredi Ouro Branco. O grupo iniciou os trabalhos considerando a sustentabilidade da pequena propriedade, especialmente dos pequenos produtores de leite com dificuldades de produzir volumes que compensem a captação da matéria-prima na área de atuação da Languiru. O projeto ainda está em período de estruturação, com a definição de etapas do programa e previsão de lançamento ao longo do primeiro semestre.

“É uma demanda que surgiu junto ao quadro de associados da Languiru, estimulando o incremento na produção leiteira e a oferta de outras alternativas produtivas para as propriedades rurais familiares, como o milho, por exemplo. Unindo esforços, aproveitando o potencial e as características produtivas regionais, estamos no caminho certo para a sustentabilidade e crescimento das pequenas propriedades”, explicou o presidente, reafirmando a importância econômica e social da cadeia produtiva do leite.

Balanços – O representante da empresa M. Stockmann & Cia. Ltda., Mário Stockmann, e a contadora da Languiru, Carla Fabiana Gregory, apresentaram indicadores técnicos, como os balanços patrimonial ativo e passivo, além das demonstrações de sobras/perdas e lucros/prejuízos do último exercício. Eles ainda enfatizaram a correção de 12% do capital social dos associados e explicaram como a variação cambial interfere nos negócios da cooperativa. “O Dólar ideal para a Languiru é o estável, pois qualquer variação, para cima ou para baixo, interfere nos nossos negócios e no custo de produção, que sobe juntamente com o preço do Dólar”, resumiu Stockmann, falando também do atual cenário econômico nacional. “Apesar do Brasil registrar PIB negativo nos últimos dois anos, a Languiru não teve restrição ao crédito junto aos agentes financeiros, diferentemente de outras grandes companhias.”

Stockmann ainda detalhou gráfico comparativo de fluxo de caixa da Languiru, positivo em todos os meses de 2016. “As medidas de gestão deram resultado, e isso nos manteve vivos.”
Em seguida, sob a coordenação do responsável técnico contador Adriano Machado, sócio da auditoria PwC, ocorreu apresentação do relatório do auditor independente sobre as demonstrações financeiras da Languiru. O coordenador do Conselho Fiscal da cooperativa, Eliseu Wahlbrinck, deu continuidade com leitura do parecer do Conselho Fiscal.
“A medida em que a Languiru vem crescendo, tivemos a preocupação de aperfeiçoar nossos métodos de controle. Queremos ser fiscalizados e ter a tranquilidade de que tudo que está sendo apresentado é verdadeiro, discutir profissionalmente tudo que apresentamos para análise. O fato de não termos nenhuma ressalva nesses pareceres tem importância fundamental, principalmente no tratamento com os agentes financeiros”, disse Bayer.
A expectativa para o resultado de 2017 é de que haja pequeno percentual de crescimento em faturamento bruto, conforme adiantou o diretor administrativo da cooperativa, Euclides Andrade, na apresentação de projeções da Languiru para este ano, cujo volume de investimentos nas diferentes unidades de negócio deve chegar a cerca de R$ 11,8 milhões. “A tendência é de dias melhores, resultados prévios do mês de janeiro já demonstram isso. Acredito que o pior passou”, opinou o presidente.
“Os números apresentados são muito importantes, 2016 foi muito difícil. Funcionários, associados, Conselhos de Administração e Fiscal, líderes de núcleo, todos tiveram contribuição importante no enfrentamento da crise”, acrescentou Kreimeier.

Eleição e posse do Conselho Fiscal – Por fim, a comissão eleitoral conduziu o processo de eleição e posse dos membros do Conselho Fiscal, cuja renovação de dois terços ocorre anualmente. Com o registro de duas chapas eleitorais em tempo hábil, a escolha se deu por voto secreto, com o uso de cabines de votação, urnas e cédulas.

Coube ao coordenador da Comissão Eleitoral, Enio Brune, a leitura da ata do processo de eleição. Com 300 votos contabilizados, dos quais dois nulos e um branco, a chapa 1, composta pelos conselheiros efetivos Zilmar Rutz, Eliseu Wahlbrinck e Luiz Lorenz, e pelos conselheiros suplentes Cristiano Samuel Musskopf, Ari Spellmeier e Hedo Gehm, foi eleita com 149 votos.

Apoio – A ordem do dia ainda abriu espaço para outros assuntos de interesse social além de pronunciamentos de autoridades e convidados.

O prefeito de Teutônia, Jonatan Brönstrup, parabenizou a Languiru pelo trabalho. “A agricultura de Teutônia tem participação fundamental no orçamento da arrecadação do nosso município, e deve ser tratada como prioridade, não como opção. Por isso, cooperativas têm vez e voz na nossa administração. Juntos, superamos as dificuldades que se apresentam. Parabéns associados e colaboradores da Languiru que contribuem para esse desenvolvimento. Continuem trabalhando e apostando nessa cooperativa forte e sólida, que seguiremos colhendo frutos desse trabalho.”
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Teutônia com extensão de base em Westfália, Liane Brackmann, igualmente pregou a união de esforços entre os associados comuns às duas organizações. “Nossa lutas e angústias são as mesmas. Precisamos apostar no trabalho dos nossos agricultores. Temos muito a crescer, e a democracia nos permite expressar nossas opiniões. Ideias diferentes multiplicam e são necessárias”, afirmou.
Nesse mesmo sentido foram os depoimentos do coordenador da Regional Sindical Vale do Taquari, Luciano Carminatti, e do presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Teutônia, Renato Scheffler. “Se estamos numa região em pleno desenvolvimento, muito é pelo trabalho cooperativo e empenho de nossos produtores rurais”, frisou o líder sindical.

Cotação semanal

Dados referentes a semana 22/11/2024

Suíno Independente kg vivo

R$ 9,53

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 71,50

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.200,00

Milho Saca

R$ 1.975,00
Ver anteriores

Preço base - Integração

Atualizado em: 07/11/2024 17:50

AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,35

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,45

Cooperativa Majestade*

R$ 6,35

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 6,35

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 6,45

Alibem - base creche e term.

R$ 5,55

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,30

BRF

R$ 7,05

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,10

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,10

Pamplona* base term.

R$ 6,35

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,45
* mais bonificação de carcaça Ver anteriores

Parceiros da Suinocultura Gaúcha

Parceria