Estimuladas principalmente pelo dólar forte, que eleva suas receitas em real, as cooperativas agrícolas brasileiras exportaram US$ 1,36 bilhão no primeiro trimestre deste ano, 12% a mais que nos três primeiros meses de 2015. Ao todo, 115 cooperativas do setor agropecuário exportaram produtos nesse intervalo, o que totalizou um volume de vendas 3 milhões de toneladas, um acréscimo de 66% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, de acordo com os dados compilados pela Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), com base nas informações geradas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Do lado das importações, também houve alta, de 21,2%, para US$ 84,4 milhões, nos três primeiros deste ano. Com isso, o saldo da balança comercial das cooperativas foi de US$ 1,2 bilhão, 11,5% maior que o verificado no período de janeiro a março de 2015. “Ao contrário de anos anteriores, vemos hoje claramente que as cooperativas estão sendo beneficiadas por ganho de receita cambial, o que é um componente que privilegia as exportações”, diz o coordenador do ramo agropecuário da OCB, Paulo César Dias. “Se o dólar se mantiver nesse patamar atual, cotado acima de R$ 3, teremos uma boa performance das cooperativas ao longo de todo o ano”, afirma.
Entre os produtos mais exportados no primeiro trimestre deste ano pelas cooperativas destaca-se a soja, que geralmente lidera os embarques do agronegócio brasileiro. As vendas externas do grão pelas cooperativas mais que quadruplicaram, para US$ 260 milhões. O segundo item que mais cresceu na pauta de exportações das cooperativas foi o milho, com US$ 122,6 milhões, alta de 92% no período. Logo depois veio o etanol, que gerou receita de US$ 54,3 milhões, uma alta de 63% em relação ao mesmo intervalo de 2015. Para Dias, da OCB, a evolução das exportações de milho chama atenção. “O milho ocupou a quinta posição entre os produtos mais exportados pelas cooperativas no primeiro trimestre, mas nunca esteve nessa posição. Ao longo de 2015 ele foi o nono item mais vendido para outros países”, destacou. Outros produtos que geralmente figuram entre os mais exportados pelas principais cooperativas brasileiras registraram queda nos embarques no primeiro trimestre. As exportações de açúcar recuaram 11%, para US$ 202,5 milhões, as de miúdos de frangos caíram 5,6%, para US$ 193,5 milhões, e as de café em grão diminuíram 41,4%, para US$ 159 milhões.
A China aparece como principal destino para as exportações das cooperativas agrícolas. De janeiro a março de 2016, as vendas externas das cooperativas ao país asiático somaram US$ 303,3 milhões, o dobro do alcançado no mesmo período de 2015. Como resultado, a China ampliou sua participação nas exportações das cooperativas, de 10% no primeiro trimestre de 2015 para 22% nos três primeiros meses deste ano. O segundo principal destino para as exportações das cooperativas brasileiras foram os Estados Unidos. As vendas ao país recuaram 15% para US$ 101,3 milhões. A seguir vêm os Emirados Árabes Unidos, que importaram US$ 95 milhões (alta de 4,1%), depois a Alemanha, que importou o equivalente a US$ 90 milhões (uma retração de 21,6%). As cooperativas que mais puxaram esses resultados, conforme a OCB, foram a Coamo, do Paraná, Copersucar, de São Paulo, a catarinense Aurora, a Cooxupé, de Minas Gerais, e a paranaense C.Vale. Em todo o ano passado, as exportações agrícolas das cooperativas nacionais somaram US$ 5,3 bilhões, alta de 1,3% sobre 2014. O volume exportado também aumentou em relação a 2014: 30,9%, para 9,2 milhões de toneladas.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50