O governo da Coreia do Sul autorizou, na terça-feira (4), a importação da carne suína catarinense. A confirmação foi dada pelo ministro Blairo Maggi, após reunião com representantes do país asiático, que é o quinto maior importador de carne suína do mundo. No mês de maio, Santa Catarina vai receber uma missão técnica para validação dos frigoríficos habilitados e assim iniciar os embarques de carne suína.
O governador Raimundo Colombo comemorou a decisão. “Isso ajuda na nossa economia e no momento crítico que nós vivemos na questão da carne. Mostra a confiança e reconhece o trabalho de todos os catarinenses, sejam eles técnicos, produtores, indústrias e empreendedores. É um momento importante e um gesto de confiança com o nosso país e com o nosso estado”.
De acordo com o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa esta é mais uma conquista importante em uma negociação que já dura 10 anos. “O nosso status sanitário diferenciado foi decisivo. Santa Catarina é reconhecida internacionalmente pela excelência sanitária de seus rebanhos, sendo o único estado brasileiro livre de febre aftosa sem vacinação e também livre de peste suína clássica, com certificados da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE)”.
Na última semana, técnicos da Agência de Quarentena Animal e de Plantas da Coreia do Sul sinalizaram que vêm a Santa Catarina em missão técnica de inspeção aos produtores de carne suína entre os dias 10 e 27 de maio. A visita marcará o início da última etapa de abertura do mercado sul-coreano para os produtos da suinocultura catarinense. A delegação incluirá a equipe Ministério da Segurança de Alimentos e Medicamentos do país asiático.
As inspeções e a habilitação dos fornecedores fazem parte da última etapa do processo de abertura de mercado, em paralelo com as consultas bilaterais sobre o modelo de certificado sanitário com base nos requisitos aprovados.
Em março, o Ministério da Agricultura, Alimentos e Assuntos Rurais da Coreia abriu para consulta pública a minuta de requisitos sanitários negociados com o Brasil referentes à abertura do mercado à carne suína. A aprovação da minuta por empresas e entidades e o público em geral levaram à promulgação dos requisitos na Coreia do Sul, finalizando a sétima das oito etapas da abertura do mercado.
Suinocultura
A suinocultura catarinense fechou 2016 com uma produção de 969 mil toneladas, sendo que 28,3% foi destinado à exportação e 71,7% atendeu ao mercado interno. O Estado respondeu por 38% de toda carne suína exportada pelo país e faturou US$ 555,2 milhões. Os principais destinos foram países como Rússia, China e Hong Kong.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50