Porto Alegre, 16 de março de 2021 – O presidente Jair Bolsonaro apelou a
organismos financeiros internacionais por mais ações que apoiem “de forma
decisiva e coordenada” os esforços dos países da América do Sul no
enfrentamento da pandemia de covid-19 e de seus efeitos sociais e econômicos.
Ele participou hoje (16) da 6a Reunião Extraordinária de Presidentes do Foro
para o Progresso da América do Sul (Prosul).
“Consideramos que um dos grandes desafios do pós-pandemia será aumentar
os fluxos de investimentos voltados a financiar o desenvolvimento sustentável
na nossa região”, disse. “A ação dos estados soberanos para mitigar os
efeitos nocivos da covid-19 na economia e na sociedade tem se mostrado decisiva.
Temos contado também com o apoio fundamental de instituições internacionais
de crédito aliadas à nossa causa”, destacou o presidente.
A participação do presidente na reunião aconteceu por videoconferência,
do Palácio do Planalto, em Brasília, com a presença dos ministros das
Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Economia, Paulo Guedes. Durante seu
discurso, Bolsonaro também falou do desafio do Brasil em atrair investimentos
privados para a Amazônia e para projetos de infraestrutura, concessões e
parcerias público-privadas, em especial do Programa de Parcerias de
Investimentos (PPI), “para impulsionar o desenvolvimento do Brasil”.
“Já obtivemos muitos progressos, mas queremos avançar ainda mais em
áreas como transporte, logística e saneamento urbano. É com satisfação que
também destaco o alinhamento do BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento] a
essas prioridades em sua estratégia para o Brasil no período 2019/2022. O
banco tem contribuído de modo crucial com nossos esforços para tornar o estado
brasileiro mais eficiente e fortalecer o nosso ambiente de negócios”, disse
Bolsonaro.
Desenvolvimento sustentável
A reunião do Prosul ocorre às vésperas da assembleia anual do BID. O
presidente do banco, Mauricio Claver-Carone, também participou da
videoconferência desta terça-feira.
O presidente Bolsonaro destacou ainda que o Brasil está determinado a
trabalhar para promover o desenvolvimento sustentável da região amazônica e
da América do Sul, “com amparo na livre iniciativa e na abertura econômica”.
“Registro igualmente o meu entusiasmo com a estruturação da iniciativa
amazônica, voltada ao financiamento do desenvolvimento sustentável naquela
região, e que deverá ser debatida em uma das sessões paralelas da assembleia
anual do BID. Em 2019, o Brasil enviou ao banco proposta para criação de um
fundo não apenas de financiamento, mas também de mobilização de capital
privado, voltado a estimular o enorme potencial da bioeconomia amazônica”,
disse o presidente.
Medidas de recuperação
Segundo Bolsonaro, a economia brasileira já iniciou sua trajetória de
recuperação e o governo está “firmemente determinado” a aprovar medidas
“que irão permitir o crescimento sustentado da nossa economia nos próximos
anos”, como as reformas administrativa e tributária, a nova lei de falências
e a privatização de empresas estatais.
Além disso, segundo ele, o Brasil também busca estabelecer marcos
regulatórios que fortaleçam a segurança jurídica, melhore o ambiente de
negócios e amplie os investimentos em diversos setores, como, por exemplo, os
de petróleo e gás, de infraestrutura viária, de saneamento e de bioeconomia.
Bolsonaro também citou os problemas causados pela suspensão das
atividades produtivas e o impacto da pandemia sobre os níveis de emprego e
renda em todo o mundo. Ele destacou o programa do auxílio emergencial do
Brasil, voltado para pessoas em situação de vulnerabilidade, e os gastos do
governo com ações para reduzir os efeitos da pandemia, equivalente a cerca de
8,6% do Produto Interno Bruto (PIB – soma de todos bens e serviços produzidos
no país).
“Por trás das estatísticas nos solidarizamos com os milhões de
famílias que, sem o amparo dos governos nacionais, perderiam seus meios de
subsistência, sua segurança alimentar e sua dignidade como seres humanos”,
afirmou o presidente.
Bolívia
No início de seu discurso, Bolsonaro manifestou a preocupação do Brasil
com os recentes acontecimentos na Bolívia. No sábado (13), o governo boliviano
informou que a ex-presidente boliviana Jeanine Áñez havia sido detida pelo
seu suposto envolvimento em um “golpe de estado”, em 2019, contra o também
ex-presidente Evo Morales.
“Nosso vizinho e país irmão, onde a ex-presidente e outras autoridades
foram presas sob alegação de participação em golpe, que nos parece
totalmente descabida. Esperamos que a Bolívia mantenha em plena vigência o
estado de direito e a convivência democrática”, disse Bolsonaro.
Evo Morales renunciou e fugiu da Bolívia em 2019, em meio a protestos
contra seu governo e alegações de fraude eleitoral. Áñez, ex-senadora,
assumiu como presidente interina, mas, onze meses depois, o partido socialista
de Morales, o MAS, retornou ao poder, com a vitória de Luis Arce em eleições
realizadas em outubro do ano passado. As informações partem da Agência
Brasil.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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