Porto Alegre, 1 de março de 2021 – Um estudo coordenado pela Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz) Amazônia constatou que a carga viral de pacientes
contaminados pela cepa P.1 do novo coronavírus (SARS-CoV-2), uma variante
provavelmente desenvolvida no Amazonas, é bem maior do que em pacientes com
outras cepas que circulam no Amazonas. O SARS-CoV-2 é o vírus que causa a
covid-19. As informações são da Agência Brasil.
O artigo que divulga os dados da pesquisa, realizada entre março de 2020 e
janeiro deste ano, foi assinado por 29 especialistas, mas ainda falta ser
oficialmente publicado. O texto está disponível na plataforma Research Square,
que permite que artigos sejam debatidos por especialistas antes da publicação
em uma revista científica.
De acordo com o estudo, a pessoa infectada com a P.1 pode ter até dez
vezes mais vírus em seu organismo do que as contaminadas por outras variantes.
E esse pode ter sido o motivo que levou a cepa de Manaus a se espalhar tão
rápido pelo Amazonas.
A carga viral de P.1 não varia entre homens idosos e adultos de outras
idades. Também não houve diferença na carga viral de homens e mulheres, por
isso ela pode ser igualmente transmissível por qualquer pessoa acima de 18
anos. E isso é diferente do que acontece com as outras cepas, em que os homens
idosos têm uma carga viral mais alta.
Segundo o pesquisador Felipe Naveca, o aumento da quantidade de vírus no
nariz e na garganta amplia a possibilidade de transmissão. No entanto, ter uma
maior carga viral não necessariamente piora a situação da covid-19 no
paciente.
EVOLUÇÃO DA CEPA
A P.1 teria evoluído de uma outra cepa que circulava pelo Amazonas – a
chamada B.1.1.28 – em novembro de 2020 e foi detectada pela primeira vez em
Manaus em 4 de dezembro. Foi necessário um tempo inferior a dois meses para que
a nova variante passasse a ser a causadora da maior parte dos casos de
covid-19.
“O problema do vírus ficar circulando muito tempo, quando houve também
uma queda do distanciamento social, favoreceu o surgimento da P.1”, explicou
Naveca.
Quanto mais o vírus circula, maiores são as chances de ele sofrer novas
mutações que podem ser, inclusive, resistentes às vacinas produzidas
atualmente. Para Naveca, estudos ainda estão sendo feitos sobre a eficácia da
vacina contra a variante P.1, mas ainda não há conclusão. Com informações
da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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