Porto Alegre, 13 de maio de 2020 – A pandemia causada pelo novo
coronavírus está provocando mudanças e transformações na forma de
organização do trabalho, nas estruturas de produção econômica e no próprio
tecido social em todos os países. Inevitável, portanto, que atinja as
cooperativas brasileiras, essas sociedades humanas relativamente complexas que
contribuem para dinamizar a economia e elevar o IDH das comunidades.
Ao fazer essa avaliação, o presidente da Organização das Cooperativas
do Estado de Santa Catarina (OCESC) Luiz Vicente Suzin realça que todos os
ramos do cooperativismo estão inovando não apenas para sobreviver à crise da
pandemia, mas para continuar oferecendo soluções e serviços de qualidade aos
2,7 milhões de catarinenses associados às 254 cooperativas.
Enfatiza que todos os setores do cooperativismo reagiram aos desafios
impostos pela pandemia, especialmente as cooperativas dos ramos agropecuário,
crédito, consumo, infraestrutura, saúde e transporte que detêm o maior
número de associados.
O dirigente exemplifica que as 47 cooperativas agropecuárias difundem
orientações para a prevenção ao novo Coronavírus nas propriedades de
produtores rurais cooperados. Medidas de proteção aos produtores e
trabalhadores rurais são ensinadas para garantir segurança no ambiente de
trabalho, considerando as características da atividade agrícola, pecuária e
extrativa.
De modo geral, as cooperativas detalham as formas de prevenção ao
Coronavírus, os sintomas da Covid-19 e as medidas que devem ser adotadas
durante a epidemia, entre elas, evitar o uso compartilhado de ferramentas e
equipamentos e impedir o acesso aos estabelecimentos agrícolas de pessoas que
não sejam aquelas que ali trabalham e os técnicos do serviço de assistência
técnica e extensão rural das cooperativas ou das agroindústrias. Nessa linha,
os gestores rurais recebem todas as orientações para conduzir com
tranquilidade suas propriedades rurais.
Suzin defende que “todo o apoio que o setor primário necessitar deve ser
prestado, pois sabemos que a agropecuária será uma das primeiras atividades
que retornará com força total depois da pandemia”. Observa que a origem,
qualidade e sanidade dos alimentos será uma grande preocupação do mundo
inteiro após a epidemia do novo Coronavírus. E, nesse aspecto, a produção
brasileira tem reconhecimento internacional, segue protocolos rígidos e obedece
a uma legislação sanitária moderna.
Entre as medidas de apoio estão o acesso dos produtores ao crédito e
antecipação de benefícios e garantias, como forma de assegurar renda para
pequenos, médios e agricultores familiares. A OCESC reivindicou e o governo
atendeu: foram priorizados os setores mais impactados. “Isso se justifica
porque a agricultura será a alavanca propulsora da retomada do crescimento
econômico, não tenho dúvidas”.
O presidente da OCESC observa que o cooperativismo brasileiro tem
demonstrado resiliência e criatividade para sobreviver em tempos de crise. O
desafiador cenário imposto pela pandemia estimulou o surgimento de projetos
para manter o funcionamento das cooperativas. Uma das saídas para a atual crise
gerada pela pandemia é buscar formas de se reinventar no mercado.
Entre as inovações que surgiram estão plataformas para conectar com os
negócios locais, comprando produtos e serviços de comunidades próximas,
ajudando na continuidade dos negócios locais e assim, na manutenção dos
empregos gerados por esses empreendimentos, impactando de forma rápida e direta
na sua realidade. As cooperativas atuam para aproximar os cooperados e a
comunidade, oportunizando produtos e serviços para agentes econômicos e
consumidores finais.
AÇÕES SOLIDÁRIAS
Luiz Suzin aponta o caráter solidário das cooperativas por meio de
centenas de ações sociais e assistenciais e doações. Entre elas, a
iniciativa da Cooperativa Central Aurora Alimentos, com sede em Chapecó, de
beneficiar 100 mil famílias de 560 comunidades do Rio de Janeiro, São Paulo e
Porto Alegre com a doação de alimentos. A Aurora entregou 100 mil aves
congeladas (frango inteiro) – o que representa 310 toneladas de carne – e as
distribuiu em colaboração com a CUFA – Central Única das Favelas, nas
três capitais.
Levantamento concluído pela OCESC revela que a maior parte das
cooperativas catarinenses desenvolveu ações para atendimento aos associados e
também às comunidades regionais envolventes. Entre essas ações, o
afastamento remunerado dos colaboradores em área de risco, a oferta de EPIs
(equipamentos de proteção individual) e a reestruturação dos ambientes de
trabalho foram as mais frequentes. As ações implementadas estão descritas nos
sites de cada cooperativa.
Outras iniciativas foram as doações financeiras, doações de alimentos e
materiais, criação e divulgação de campanhas de prevenção e orientação
ao novo coronavírus, utilização de tecnologias de ponta para controle
sanitário e de qualidade em produtos e serviços.
As cooperativas de crédito criaram linhas de crédito emergencial para
cooperados, pessoas física e jurídica com necessidade de formação de capital
de giro, repactuaram as operações de crédito com mais prazos e carências e,
ainda, inovaram no seguro de vida: ampliaram a cobertura para o risco de morte
causada pela Covid-19. Promoveram cursos de educação financeira, isentaram
tarifas, juros e multas, além de lançar plataformas e movimentos em favor do
fortalecimento dos negócios locais.
No ramo de transporte, as cooperativas fizeram campanha de orientação ao
enfrentamento da Covid-19 e implementaram medidas de proteção aos
colaboradores e associados.
As cooperativas da saúde estruturaram ambulatório Covid-19 para
diagnóstico e tratamento de casos leves e moderados, UTIs especializadas,
serviço móvel de urgência e emergência (SOS) e central médica de
tele-assistência. Reorganizaram os atendimentos, criaram canais de atendimento
específicos, cancelaram eventos e anteciparam a vacinação da gripe.
Desenvolveram planos de ação emergencial para atendimentos remotos e
domiciliares.
As cooperativas de eletrificação rural (ramo de infraestrutura)
desenvolveram ampla campanha entre as famílias associadas, ampliando o nível
de conscientização sobre a doença e as formas de prevenção.
As cooperativas de consumo adequaram as lojas e supermercados para a
proteção dos associados/consumidores e dos funcionários, atendendo todas as
exigências da Vigilância Sanitária. Com informações da assessoria de
imprensa da OCESC.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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