Porto Alegre, 22 de abril de 2020 – O governador de São Paulo, João
Doria, explicou hoje alguns critérios para a reabertura gradual dos setores
produtivos do estado, que começará a ser implementada a partir do dia 11 de
maio, quando se encerra o período de quarentena. O plano para reabertura foi
chamado de Plano São Paulo.
A quarentena está em vigor no estado desde o dia 24 de março e, com ela,
somente os setores considerados essenciais – como abastecimento, logística,
segurança e saúde – podem funcionar.
Os setores que vão voltar a funcionar a partir do dia 11 de maio não
foram informados pelo governo paulista. Esse anúncio, segundo o governador,
será feito somente no dia 8 de maio. Para ajudar a elaborar o plano, o
governador montou uma equipe, formada por diversos economistas do país, tal
como Persio Árida.
Segundo a secretária de Desenvolvimento Social, Patricia Ellen, os
critérios que serão utilizados para essa retomada vão considerar a
preparação do sistema de saúde, da sociedade e dos setores econômicos.
“Queremos atender os setores com maior vulnerabilidade econômica. Então vamos
priorizar setores que têm maior vulnerabilidade e menor risco do ponto de
vista do enfrentamento da pandemia para que eles sejam retomados e acolhidos
mais rapidamente”, disse a secretária.
Reabertura regionalizada
A abertura, segundo ela, será feita de forma regionalizada, observando a
ocupação dos leitos nos municípios do estado. Ela acrescentou ainda que, para
que a reabertura seja feita, será fundamental a testagem em massa no estado.
“Isso [a testagem em massa] foi feito em diversos países do mundo e assim
faremos em São Paulo”, disse ela.
As regiões do estado, segundo ela, serão divididas em nível de risco:
zona vermelha [maior risco], zona amarela e zona verde [de menor risco]. “Vamos
segmentar os municípios de acordo com a situação da pandemia e capacidade do
sistema de saúde”, falou ela. “Para estar na zona verde, precisamos
alcançar baixo número de casos, baixa ocupação de leitos de UTI, testes
disponíveis para assintomáticos e suspeitos e protocolos setoriais
implementados”, acrescentou.
Doria ressaltou que a reabertura vai se basear na disseminação do
coronavírus no estado, na situação do sistema de saúde e no distanciamento
social. E, de acordo com ele, a reabertura não significa que não haverá
quarentena.
“Vamos levar em conta sim situações locais, regionais e setores que
possam retornar a economia com as devidas medidas de proteção”, falou o
governador. “Os critérios da nova quarentena, daquilo que virá a partir do
dia 11, serão diferenciados e de acordo com os dados científicos apurados em
cada cidade e pelas regiões do estado de São Paulo”, acrescentou o
governador.
Preparação
Segundo Doria, que citou durante a coletiva todos os setores autorizados a
funcionar no estado durante a quarentena, 74% do estado continua em
funcionamento.
“São Paulo não parou. Praticamente 74% da economia paulista funciona
desde o primeiro dia da quarentena decretada no mês passado. Segundo: a
quarentena permitiu ao estado de São Paulo a preparação da rede de saúde.
Não fosse esse tempo e não fosse essa preparação, hoje o lugar comum de São
Paulo seria como a de outras capitais do Brasil que estão sofrendo com mais de
100% de ocupação dos leitos”, disse Rodrigo Garcia, vice-governador e
secretário de governo.
“Em São Paulo nunca houve lockdown, que foi necessário em alguns países
do mundo. Isso porque adotamos aqui as medidas certas, na hora certa, no
momento correto e amparados pela ciência e pela medicina. Os bons resultados
obtidos em São Paulo até aqui, com apoio da população, permitiu que
pudéssemos passar uma quarentena com um bom resultado”, disse Doria.
Isolamento
Até o dia 10 de maio, reforçou o governador, é fundamental que as
pessoas continuem mantendo o isolamento social. Por isso, Doria fez um apelo
para que prefeitos do estado paulista continuem mantendo o isolamento até lá e
aguardem o Plano São Paulo para definir como será a retomada. “Não é
prudente que nenhuma cidade do interior de SP rompa a quarentena antes do dia 10
de maio”, disse ele.
Ontem (21), o isolamento no estado chegou a 57%, mas em São Sebastião,
cidade com a maior taxa do estado, o isolamento no feriado atingiu 67%. A ela se
seguiram as cidades de Ubatuba, Cruzeiro, Lorena, Caraguatatuba, Ribeirão
Pires, Itanhaém, São Vicente, Mairiporã, Caçapava, Cajamar, Caieiras,
Bebedouro, Pindamonhangaba, Ibiúna, Poá, Itapecerica da Serra, Votuporanga,
Pirassununga e Guaratinguetá.
Até este momento, São Paulo tem 15.385 casos confirmados do novo
coronavírus, com 1.093 mortes. O número de mortes triplicou no estado em duas
semanas: no dia 7 de abril eram 371 mortes. O estado tem ainda 1.284 internados
em unidades de terapia intensiva (UTI) e 1.341 em enfermarias. Com informações
da Agência Brasil.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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