Sim, nós amamos bacon e, se você chegou aqui, também é um adorador dessa proteína de origem suína. Por isso, o portal feed&food preparou essa paixão mundial – em forma de tiras – como prato principal do quadro “Por favor, uma porção de saúde” – que vai ao ar toda quarta-feira – para mostrar que nem toda face do bacon é “queimada”.
Para esclarecer tudo sobre esse alimento associado a aspectos nutricionais negativos, mas, com sabor muito apreciado, a nutricionista Thaliane Dias dá o primeiro alerta: “em minha prática clínica procuro atender os pacientes de forma individualizada, então depende de cada um a conduta de liberar ou retirar o bacon da dieta. Mas, via de regra, peço as pessoas que evitem alimentos fritos e se ele (a) tiver o hábito de comer bacon nesse formato, provavelmente evitará consumi-lo, porque mesmo alimentos fontes em gorduras boas, se submetidos a calor, perdem suas insaturações, o que os torna substancialmente pró-inflamatórios.”
Thaliane Dias é nutricionista e até ele se rende ao bacon – mesmo em “raríssimas vezes e apenas quando já está incluso na preparação”. Ela opta por cortes suínos in natura (Foto: divulgação)
Ela pontua que o consumo depende de vários fatores, como peso, idade e se a pessoa tem ou não patologias, ou seja, fatores atrelados às questões de individualidade bioquímica. “O que posso afirmar é que certamente ele deve ser introduzido de forma esporádica e não usual, já que se trata de um dos cortes do suíno com alto teor de gordura”, destaca.
Mas nem só de pontos negativos vive o bacon. A nutricionista aponta que 50% da gordura dele é monoinsaturada, composta principalmente por ácido oleico, que é o mesmo do azeite. Também 3% é palmitoléico, que é descrito na literatura por seus elementos antimicrobianos. Suínos criados em pastos conseguem ainda ter vitamina D, já que os animais transitam ao sol. “Cerca de 45% da composição do bacon é de gordura saturada. Porém, é interessante sim ter ingestão controlada dessa gordura, uma vez que esse tipo auxilia na formação de hormônios bem como na manutenção das membranas celulares”, pontua frisando: “o problema é o excesso”.
Entenda o bacon, por Thaliane Dias. Os principais ingredientes para a fabricação de bacon são a barriga suína, sal, condimentos, nitrito e nitrato – para sua conservação. O processamento da barriga em bacon envolve operações de adição dos ingredientes, homogeneização e cozimento com defumação. Cada etapa do processamento introduz ou modifica as características das matérias-primas, exercendo influência sobre a qualidade final do produto, de forma que o problema do consumo é a excesso, já que pode vir atrelado ao consumo ‘extra’ das matérias-primas.
Curiosidade: Bacon é tão bom que virou produto da Reebok (Inglaterra). Um campeonato dedicado aos praticantes de crossfit, organizado pela marca – o Reebok Crossfit Games 2014 – teve início no dia 23 de julho e, para comemorar, a empresa apresentou uma nova linha de produtos: o bacon. O motivo, segundo a agência americana Venables Bell & Partners, responsável pela ação, é seduzir o paladar da comunidade crossfit, conhecida por gostar da dieta denominada paleolítica. Entretanto, a novidade está sendo distribuída somente nos Estados Unidos.
E não, não faltará bacon no mundo! A repercussão em diversos portais nacionais foi grande e até hoje dissemina o ‘medo’. Mas, se você já comeu bacon essa ano ou até em 2013 sabe que a falta dessa proteína é mentira.
O movimento começou quando a Associação Nacional de Porcos da Grã-Bretanha afirmou que o fim desse alimento – junto com a salsicha – era “inevitável”, devido o alto custo do milho. O que, de fato, não aconteceu.
De acordo com informações enviadas pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS, Brasília/DF), os suinocultores brasileiros vivem um momento de boa rentabilidade na atividade e, melhor, com perspectivas positivas até pelo menos o fim de 2014.
Ou seja, se você é fã de bacon não precisa fazer um estoque, a não ser que queira.
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50