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ECONOMIA: Ainda não é momento de retirar estímulos fiscais na UE – Lagarde

30 de novembro de 2020
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Porto Alegre, 30 de novembro de 2020 – A presidente do Banco Central
Europeu (BCE), Christine Lagarde, destacou a importância das medidas de
estímulos fiscais no combate à crise gerada pela pandemia de covid-19, assim
como sua coordenação com uma política monetária flexível.

“A política fiscal é mais importante quando a crise atinge em especial o
setor de serviços”, disse Lagarde, ao participar online do Fórum de
Liderança do Pensamento organizado pelo Centro Europeu de Política. Para ela,
as medidas fiscais são mais direcionadas que as monetárias, e nesta crise
houve melhor coordenação.

“As respostas a esta crise foram melhor coordenadas e mais potentes”, do
que nas crises anteriores, disse Lagarde, citando que governos adotaram
importantes esquemas de garantias, e que medidas do BCE como os operações
direcionadas de refinanciamento de longo prazo (TLTROs, na sigla em inglês)
tiraram riscos dos balanços dos bancos. Ela afirmou que os bancos não atuaram
como um peso nesta crise, citando que o crédito para a economia continuou.

Ao ser questionada sobre a sustentabilidade das dívidas, Lagarde disse que
“na Europa, todos os países aumentaram sua taxa de dívida ante o Produto
Interno Bruto (PIB)” com relação ao nível pré-pandemia, mas a diferença é
que alguns tinham mais espaço fiscal, outros menos. “os países entraram em
posições assimétricas na crise”.

Segundo Lagarde, o fundo de recuperação Próxima Geração da União
Europeia (UE) tenta evitar essas assimetrias, o que é bom. Da mesma forma, o
BCE tem aplicado suas medidas de política monetária de forma flexível, disse
ela, citando que não necessariamente os requisitos de capital estão sendo
respeitados, por exemplo.

“Tentamos não piorar a divisão e riscos de fragmentação”, disse.
“Alguns países vão sair desta crise com maior volume de dívida”,
reconheceu. por outro lado, ela disse que ainda não é momento de retirar os
estímulos fiscais, e que a preocupação com a sustentabilidade da dívida
virá depois.

A presidente do BCE disse que, primeiramente, é preciso garantir rendas para
trabalhadores passarem pela crise, e que o suporte continue do outro lado do
rio. “Não sabemos onde a demanda vai estar. O lado da oferta precisa estar
pronto para responder de onde vier a demanda”. Ela apelou ainda pela
aceleração na União do Mercado de Capitais.

Lagarde também elogiou o mecanismo de recuperação e resiliência da
União Europeia, um dos pilares da próxima Geração UE, afirmando tratar-se de
um pacote amplo e necessário, e que “não deve ser adiado”. O plano de
recuperação, que juntamente com o próximo orçamento da UE soma cerca de 1,8
trilhão de euros, foi vetado pela Polônia e pela Hungria, que criticaram seu
vínculo ao Estado de Direito.

Por fim, ela disse que a crise da pandemia acelerou tendências que estavam
chegando, como as transformações verde e digital, e reiterou o papel dos
bancos centrais em combater as mudanças climáticas.

Ao ser questionada sobre a nova liderança na Casa Branca, com a eleição
do novo presidente norte-americano Joe Binden, Lagarde disse que mantém contato
com o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e que os bancos
centrais não são afetados por relações políticas. Com informações da
Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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