ECONOMIA: Alta do Ibovespa reflete expectativa de anúncio na fazenda hoje

Porto Alegre, 21 de novembro de 2014 – O Ibovespa, principal índice da
BM&FBovespa, acelerou a alta e passou a subir mais de 2%, influenciado pela
expectativa de que o governo anuncie no final do dia o nome do novo ministro da
Fazenda. Segundo Thiago Montenegro, operador da Quantitas, o nome mais cotado
seria o do ex-secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy.

“A Dilma se reúne com o [Aloísio] Mercadante e deve divulgar o nome do
novo ministro no final do dia. O mercado acredita que esteja entre Nelson
Barbosa e Joaquim Levy, nome que começou a ser comentado e que o mercado
prefere, isso impacta sobretudo as estatais”, diz Montenegro.

De acordo com o operador da Quantitas, o cenário externo hoje também
contribui com a alta do Ibovespa, principalmente após a China anunciar o corte
na taxa de juros e o discurso do presidente do Banco Central Europeu (BCE),
Mario Draghi, sinalizar mais estímulos a zona do euro.

“As ações de commodities como Vale reagem bem a esse anúncio da China
e a fala de Draghi também trouxe esse viés mais claro de perspectiva de que
vai ter um programa mais ativo de estímulos”, diz Montenegro.

Por volta das 12h11, o Ibovespa subia 2,05% aos 54.498 pontos, com giro
financeiro de R$ 2,695 bilhões. As ações preferenciais da Petrobras (PETR4)
subiam 4,38% a R$ 13,34 e as da Vale (VALE5); 6,02% a R$ 20,05. Os papéis do
Itaú Unibanco (ITUB4) também subiam 2,07% a R$ 38,29.

O Banco do Povo da China (Pboc, o bancocentral do país) reduziu a taxa
referencial de juros do país. Segundo comunicado no site da instituição, a
taxa de juros para empréstimos de um ano sofreu corte de 0,4 ponto percentual
(pp), passando para 5,6%.

Em Frankfurt, Draghi apontou que fará “o que for preciso” para
impulsionar a inflação na zona do euro, visto que a situação econômica
está se deteriorando e as expectativas de inflação estão em queda.

“Caso nossa atual trajetória de política monetária não seja eficiente
o bastante para alcançar isso, ou caso mais riscos à perspectiva de
inflação se materializem, vamos enfrentar essa pressão e ampliar ainda mais
os canais pelos quais interferimos, alterando o tamanho, o ritmo e a
composição de nossos programas de compras de ativos”. As informações partem
da Agência CMA.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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