ECONOMIA: Após rebaixamento de ações, Vale recua e Ibovespa cai acima de 1%

Porto Alegre, 23 de janeiro de 2015 – O Ibovespa opera em queda superior a
1% pressionado pela queda forte nos papéis da mineradora Vale, que teve a
recomendação rebaixada de compra para neutra pelo Goldman Sachs. Com o
pessimismo gerado no setor pelas perspectivas ruins do relatório, a aversão
leva o investidor a se desfazer de papéis.

“O preço do minério de ferro em queda e o relatório do banco Goldman
Sachs forçam o setor de siderurgia e mineração, especialmente a Vale, a puxar
o Ibovespa para o campo negativo com mais força hoje”, afirma Thiago
Montenegro, analista da Quantitas.

Além disso, o dado de atividade na China, que demonstra que a economia
do país continua com desaceleração no crescimento, ajuda a deixar o
investidor avesso aos papéis mais ligados a commodities.

“Vale está pesando mais sobre o índice após os dados da China
mostrarem que a economia continua em situação desfavorável. Isso traz
reação sobre o preço do minério, que é uma commodity fundamental para a
Vale”, afirma Eduardo Cavalheiro, consultor da Rio Verde Investimentos.

O índice dos gerentes de compras (PMI,na sigla em inglês) sobre a
atividade industrial chinesa subiu para 49,8 pontos em janeiro, de 49,6 pontos
em dezembro, segundo dados preliminares. Apesar do pequeno avanço, números
abaixo de 50 pontos sugerem contração da atividade econômica.

Com o mau humor gerado no segmento, outros papéis fortemente expostos à
aversão, como bancos e Petrobras, acompanham o movimento e devolvem os ganhos
registrados no pregão de ontem.

No momento, o Ibovespa cai 1,16%, a 48.867,54 pontos. No mercado futuro,
os contratos do índice com vencimento em fevereiro caem 1,59%, a 49.130
pontos, enquanto os com vencimento em abril de 2015 recuam 0,99%, a 50.000
pontos.

Entre os papéis mais negociados, os preferenciais da Petrobras (PETR4)
recuam 0,78%, a R$ 10,17, enquanto os preferenciais classe A da Vale (VALE5)
caem 4,18%, a R$ 18,54. A ação PN do Itaú Unibanco (ITUB4) cai 0,66%, a R$
34,13. As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

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