SAFRAS (17) – A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, sinalizou que
não deve acatar a decisão tomada ontem pela Suprema Corte dos Estados Unidos,
que ordenou o país a pagar US$ 1,3 bilhão aos fundos “holdouts” – também
chamados de “fundos abutres”. As informações são da agência de notícias
oficial do país, a “Telám”.
O montante se refere a títulos da dívida cujos credores sofreram calote
em 2001, que foram posteriormente comprados pelos fundos abutres, normalmente
com grandes descontos. Os fundos exigem pagamento integral, mas o governo
argentino entrou com uma apelação na Corte norte-americana para evitar o
desembolso, algo que lhe foi negado. Os fundos abutres também se recusaram a
participar da reestruturação da dívida soberana.
A presidente afirmou que garantirá apenas os papéis que foram negociados
durante o processo de reestruturação. Em pronunciamento em cadeia nacional,
Kirchner disse que “nenhum presidente deve submeter seu povo a extorsão
semelhante”.
“A Argentina não vai aplicar calote em sua dívida reestruturada”, disse
a presidente. Segundo ela, o governo adotará “todos os instrumentos e todas
as ferramentas necessárias” para conseguir pagar os compromissos assumidos
durante as negociações de 2005 e 2010, que representam 92% da dívida que
sofreu calote em 2001.
De acordo com a presidente, o cumprimento da decisão da Suprema Corte
norte-americana comprometerá em torno de 50% das reservas internacionais da
Argentina e “os outros 92% também podem reclamar o mesmo direito”.
Este cenário faria a reestruturação de 2005 e 2010 “cair como um
castelo de cartas, junto com a República Argentina”. As informações são da
Agência CMA.
(CS)
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Atualizado em: 07/11/2024 17:50