Porto Alegre, 26 de janeiro de 2015 – O Ibovespa opera em queda com o
aumento da percepção do risco no mercado internacional após o partido
antiausteridade Syriza vencer as eleições na Grécia. Com a queda no preço de
commodities, a redução da previsão de crescimento do Brasil no Boletim Focus
e o balanço não-auditado da Petrobras para esta semana, o mercado reforça a
tendência de queda.
“Há ainda um resquício do rebaixamento [de rating] da Vale na
sexta-feira, mas o que pesa mesmo é a previsão da atividade econômica menor
do Boletim Focus e o aumento da aversão após as eleições na Grécia, que
contamina nosso mercado”, afirma Raphael Figueredo, analista da Clear
Corretora.
No último dia 23, a agência de classificação de risco Standard &
Poor’s rebaixou o rating da mineradora Vale de ‘A-‘ para ‘BBB+’. A
perspectiva do rating é estável. A revisão foi feita, segundo a agência,
porque a nota estava em “patamares incompatíveis” com a atual condição da
empresa.
No Boletim Focus, do Banco Central (BC), os economistas ouvidos
aumentaram a projeção para a inflação em 2015 de 6,67% para 6,99%, acima do
teto da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN), de 6,50%. No caso do Produto
Interno Bruto (PIB) para este ano, a projeção de crescimento caiu de 0,38%
para 0,13%.
Segundo Figueredo, sem novos dados que deem força ao Ibovespa, o
movimento de hoje deve continuar pessimista, com os investidores permanecendo
atentos aos desdobramentos da vitória do Syriza. “Vamos continuar aumentando a
inclinação de venda [de ativos] porque as commodities tendem a conduzir a
queda do mercado”, disse.
Para Luis Gustavo Pereira, analista da Guide Investimentos, o aumento da
percepção de risco segue também, do lado interno, os receios de um
racionamento de água, o que ajuda a reforçar o panorama desfavorável.
“O balanço não-auditado da Petrobras é muito esperado e o acionista
aguarda não apenas o resultado em termos contábeis. A redução do
investimento da companhia também está no foco”, afirma Pereira.
No momento, o Ibovespa cai 0,95%, a 48.312,54 pontos. No mercado futuro,
os contratos do índice com vencimento em fevereiro caem 0,45%, a 48.565
pontos.
Entre os papéis mais negociados, os preferenciais da Petrobras (PETR4)
caem 1,10%, a R$ 9,89, enquanto os PNAs da Vale (VALE5) recuam 2,29%, a R$
17,90. A ação PN do Itaú Unibanco (ITUB4) cai 0,14%, a R$ 33,98. As
informações partem da Agência CMA.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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Atualizado em: 29/11/2024 10:30