Porto Alegre, 15 de junho de 2018 – O Banco do Japão (BoJ) manteve
inalterado seu pacote de estímulos monetários. A taxa de depósitos aplicada
sobre parte das reservas dos bancos comerciais, que serve como referência para
os juros de curto prazo, ficou em -0,1%. A meta para os juros dos títulos de
dívida pública de dez anos permaneceu em zero.
O comitê de política monetária do banco central manteve os estímulos
por oito votos a favor e um contrário. O BoJ implementa sua política
monetária visando a controlar a curva de juros. O banco fixa uma taxa de curto
prazo e controla a de longo prazo por meio das compras de títulos públicos. As
compras mensais desses ativos vão continuar sendo feitas num ritmo de cerca de
80 trilhões de ienes por ano.
O banco central também continuará comprando, anualmente, 6 trilhões de
ienes em ETFs (fundo de índice, ou exchange-traded fund, em inglês) e 90
bilhões de ienes em títulos imobiliários, e manterá inalterado o volume de
dívida corporativa em seu balanço.
De acordo com o BoJ, as políticas serão mantidas “pelo tempo
necessário” para atingir a meta de inflação de 2% de maneira estável. “O
banco vai continuar expandindo a base monetária até que a alta anual do
índice de preços ao consumidor excluindo alimentos frescos exceda 2% e fique
acima deste patamar de forma estável”, diz o comunicado.
O único membro dissidente, Goushi Kataoka, disse que “levando em conta os
fatores de risco até o ano fiscal de 2020, como o aumento do imposto sobre
consumo e uma possível recessão econômica nos Estados Unidos, é desejável
fortalecer ainda mais o afrouxamento monetário”.
O BoJ disse em comunicado que a economia do Japão está crescendo de forma
moderada e que há um “circulo virtuoso entre a renda e os gastos” em
andamento. A expectativa da instituição é de que a expansão continue em
ritmo moderado e que a inflação caminhe em direção à meta. Com
informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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