Porto Alegre, 28 de junho de 2022 – A presidente do Banco Central Europeu
(BCE), Christine Lagarde, garantiu nesta terça-feira que a instituição irá
“tão longe quanto necessário” para garantir que a inflação se estabilize
na meta de 2% no médio prazo.
“Continuaremos nesse caminho de normalização e iremos até onde for
necessário para garantir que a inflação se estabilize em nossa meta de 2% no
médio prazo”, disse ela num discurso de abertura do segundo dia do Fórum do
BCE,em Sintra, Portugal.
Lagarde avisou que a inflação na zona do euro, que atingiu 8,1% em maio,
está “indesejavelmente alta” e deve continuar assim por algum tempo.
Segundo Lagarde, o BCE está pronto para aumentar as taxas de juros, “de
uma forma determinada e sustentada”, mas incorporando princípios de
“gradualismo e opcionalidade”. “Isto significa mover-se gradualmente se
houver incerteza sobre as perspectivas, mas com a opção de agir de forma
decisiva sobre qualquer deterioração da inflação no médio prazo,
especialmente se houver sinais de desancoragem das expectativas de inflação”,
explicou.
A francesa também abordou o novo instrumento anti-crise da dívida na
região que “vai conter um aumento desordenado dos spreads da dívida da zona
do euro”, mantendo, ao mesmo tempo, a pressão sobre os governos dos
Estados-membros para manterem contas públicas em ordem.
“O novo instrumento terá de ser eficaz, ao mesmo tempo proporcional e
conter salvaguardas suficientes para preservar o ímpeto dos Estados-membros
para uma política orçamental sólida”, adiantou, sinalizando que a ferramenta
de controlo dos juros da dívida vai ter algum tipo de condicionalismo
associado.
Lagarde defendeu que este instrumento é necessário para que o BCE possa
avançar com a normalização da política monetária sem prejudicar os países
mais endividados, como Itália, Portugal e Espanha.
Entretanto, os governos também “terão de fazer a sua parte” neste
processo de redução dos riscos, acrescentou. Devem “fornecer apoios
direcionados e temporários” às famílias e empresas, enquanto prosseguem com
políticas de redução da dívida pública e de estabilização da economia.
Sem mencionar a palavra recessão, Lagarde disse que o BCE reviu
significativamente em baixa as previsões para o crescimento da economia da zona
do euro para os próximos anos. “Revisamos marcadamente para baixo nossas
previsões de crescimento nos próximos dois anos. Mas ainda esperamos taxas de
crescimento positivas devido aos amortecedores domésticos contra a perda de
dinamismo de crescimento”, assinalou. As informações são da Agência CMA.
Revisão: Pedro Diniz (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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