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ECONOMIA: BoE preferiu estimular PIB do Reino Unido, às custas de inflação

4 de agosto de 2016
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Porto Alegre, 4 de agosto de 2016 – O Banco da Inglaterra (BoE) teve que
escolher entre adotar medidas para estimular o crescimento ou conter o avanço
da inflação, mas resolveu priorizar o estímulo ao Produto Interno Bruto (PIB)
na decisão de hoje, quando reduziu juros, anunciou novas compras de ativos e
lançou uma nova linha de crédito para bancos.

Após a decisão dos britânicos de sair da União Europeia (UE), as
projeções do BoE para o crescimento do PIB se reduziram, mas as projeções
para a inflação aumentaram devido à depreciação da libra. Neste cenário, a
adoção de medidas de estímulo econômico poderia impulsionar ainda mais a
inflação, mas o BoE decidiu tolerar um “período temporário de inflação
acima da meta” para poder apoiar a economia.

“Dada a extensão da provável fraqueza da demanda em relação à oferta,
o comitê de política monetária julga apropriado oferecer estímulos
adicionais à economia, reduzindo assim a quantidade de capacidade ociosa, às
custas de um período temporário de inflação acima da meta”, diz o
comunicado.

Segundo o BoE, como a persistente defasagem na demanda agregada deve puxar
a inflação para baixo no médio prazo, isso vai garantir que a inflação não
continue acima da meta por muito tempo. O banco central projetou inflação de
1,9% no terceiro trimestre de 2017, 2,4% no mesmo período de 2018 e 2,4% em
2019, enquanto a meta é de inflação anual de 2%.

Já as previsões para o PIB pioraram consideravelmente. “Pesquisas
recentes de atividade das empresas, confiança e otimismo sugerem que o Reino
Unido deve ter pouco crescimento do PIB na segunda metade deste ano”, diz o
BoE. Ainda assim, a previsão de alta do PIB em 2016 foi mantida em 2%, enquanto
a previsão para 2017 caiu de 2,3% para 0,8% e a projeção de 2018 passou de
2,3% para 1,8%. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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