Porto Alegre, 17 de março de 2015 – A maioria dos principais índices do
mercado de ações da Europa opera em queda, diante de preocupações com a
situação financeira da Grécia. O mercado deixou em segundo plano dados que
mostraram aumento da confiança na economia alemã ao maior nível desde
fevereiro do ano passado e uma deflação mais fraca na zona do euro.
“A situação na Grécia está deteriorando rapidamente. A economia está
encolhendo, a receita fiscal está abaixo da meta, os depósitos estão saindo
do sistema bancário e a volatilidade política parece estar crescendo, tanto
domesticamente quanto em relação aos credores”, disse o Morgan Stanley em um
relatório.
O governo da Grécia está tentando cumprir exigências feitas pelo Fundo
Monetário Internacional (FMI), a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu
(BCE) – a chamada Troika – e, dessa forma, conseguir a liberação de uma
última parcela de empréstimos referente ao segundo pacote de ajuda
internacional ao país.
Os gregos também tentam convencer a Troika a diminuir o grau de
austeridade fiscal demandado do país para que o governo tenha mais espaço para
estimular a economia, mas algumas autoridades europeias discordam dessa
política.
Ontem o ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, disse que
ninguém sabe como a Grécia vai conciliar menor austeridade fiscal com o
cumprimento das metas financeiras previstas no programa de ajuda, indicando que
ainda há desconfiança em relação à capacidade dos gregos em avançar com as
reformas.
Dados divulgados pela manhã mostraram que o índice do instituto de
pesquisas Zentrum für Europaische Wirtschaftsforschung (Zew) sobre a confiança
dos analistas financeiros e investidores na economia da Alemanha subiu 1,8
ponto em março ante fevereiro, para 54,8 pontos – o maior nível desde
fevereiro do ano passado.
Investidores, no entanto, esperavam um dado ainda melhor. “A alta modesta
do índice Zew sugere que as esperanças para a economia alemã foram ajustadas
pelas preocupações com os efeitos da crise da Grécia”, afirmou a economista
sênior para Europa da Capital Economics, Jennifer McKeown.
Ainda entre os indicadores econômicos, o índice de preços ao consumidor
dos países que compõem a zona do euro caiu 0,3% em fevereiro em relação ao
mesmo período de 2014, de acordo com dados revisados divulgados pela agência
de estatística Eurostat.
Apesar do índice de preços ainda estar em território negativo, alguns
especialistas acreditam que isto pode ser benéfico para o crescimento da zona
do euro.
“A deflação por enquanto parece ter um efeito benéfico sobre o
crescimento da zona do euro ao aumentar consideravelmente o poder de compra dos
consumidores”, disse Howard Archer, economista-chefe da IHS para o Reino Unido
e a Europa.
Os investidores europeus também se mantinham cautelosos antes do anúncio
da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central
norte-americano), previsto para amanhã. A expectativa é que o Fed deixe de
adotar uma postura “paciente” – conforme descrição do próprio banco central
– no processo de elevação da taxa de juros e sinalize uma maior proximidade
da retirada dos estímulos à economia.
Por volta das 10h50 no horário de Brasília, o índice FTSE-100, da bolsa
de Londres, tinha alta de 0,24, a 6.820 pontos; o índice Dax-30, da bolsa de
Frankfurt, perdia 1,38%, a 11.999 pontos; o CAC-40, de Paris, tinha queda de
0,79%, a 5.020 pontos; o FTSE-MIB, de Milão, caía 1,15%, a 22.667 pontos; o
Ibex-35, de Madri, perdia 1,17%, a 10.984 pontos; e o SMI-20, da bolsa de
Zurique, tinha queda de 0,45%, a 9.195 pontos. As informações são da Agência
CMA.
Revisão: Cândida Schaedler / Agência SAFRAS
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