ECONOMIA: Bolsas dos EUA caminham para novo recorde, com China e BCE

Porto Alegre, 21 de novembro de 2014 – Os índices acionários dos Estados
Unidos caminham para um novo recorde positivo no fechamento desta sexta-feira,
impulsionados por mais estímulos monetários do banco central da China e pelos
comentários de Draghi sobre expandir a compra de ativos.

Por volta de 17h43, o índice Dow Jones subia 0,43%, a 17.795 pontos; o
S&P 500 tinha alta de 0,40%, a 2.061,06 pontos, e o Nasdaq Composto subia
0,17%,a 4.709,90 pontos.

O Banco do Povo da China (Pboc, banco central do país) cortou a taxa
referencial de juros em 0,4 ponto percentual (pp), para 5,6%, e a de depósito
em 0,25 pp, para 2,75%. Essa é a primeira mudança nos juros desde julho de
2012. Além disso, a instituição sinalizou que permitirá mais flexibilidade
nas taxas de depósito e que pode injetar mais liquidez no sistema bancário.

O presidente do Banco Central Europeu (BCE) disse que “fará o que for
preciso para elevar a inflação e as expectativas da inflação o mais rápido
possível”, em conferência bancária em Frankfurt, sinalizando que a
instituição está pronta para começar a comprar títulos públicos.

Além disso, o BCE informou que começou hoje a implementação do
programa de compra de títulos securitizados (ABS, na sigla em inglês). A
medida tem o objetivo de encorajar os bancos a conceder mais empréstimos e
assim recuperar a economia e impulsionar a inflação.

As ações reforçam a vontade dos bancos centrais em lutar contra a
desaceleração do crescimento econômico global por meio de política
monetária frouxa, que nos últimos anos criou um ambiente de apoio para os
ativos financeiros como as ações.

“Dado o aumento nos estímulos dos bancos centrais – tanto real como
potencial – é difícil determinar exatamente quais melhoras na economia estão
influenciando as ações”, comentou Jasper Lawler, analista da CMC Markets.

A semana que vem nos Estados Unidos será mais curta e mais fraca de
indicadores com os feriados na quinta e sexta-feira de Dia de Ação de Graças
e Black Friday, respectivamente.

“O que realmente o mercado vai considerar é se o setor de consumo vai
acelerar com as notícias de melhora nos índices de confiança, emprego e
gasolina mais barata”, afirmou Derek Holt, economista do Scotiabank, em nota.
As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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