‘-ECONOMIA: BOLSAS DOS EUA DEVEM FECHAR EM BAIXA POR DADOS DA ZONA DO EURO

Porto Alegre, 23 de setembro de 2014 – Os principais índices do mercado de
ações dos Estados Unidos devem encerrar o dia em campo negativo por conta dos
dados ruins vindos da zona do euro e os riscos geopolíticos, apesar de o
único indicador econômico norte-americano, o de produção industrial, ter
vindo positivo.

Por volta das 16h09 (de Brasília) o S&P tinha baixa de 0,47%, a 1.984,89
pontos; o Dow Jones operava em queda de 0,57%, a 17.074,62 pontos; e o Nasdaq
Composto recuava 0,36%, a 4.511,53 pontos.

O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da
zona do euro, produzido pelo instituto de pesquisas Markit, que agrega os
índices do setor de serviços e da indústria e avalia o desempenho do setor
privado do bloco, caiu de 52,5 pontos em agosto para 52,3 pontos em setembro,
menor nível em nove meses.

Entre as maiores economias, o setor privado da Alemanha apresentou o
crescimento mais forte, liderado pelo setor de serviços, enquanto a França
continuou a registrar contração, com o PMI atingindo o menor nível em três
meses.

Este desenvolvimento acabou ofuscando a melhora do PMI industrial da
China, que subiu para 50,5 pontos em setembro após registrar 50,2 pontos em
agosto, e do PMI dos Estados Unidos, que permaneceu em 57,9 pontos, maior nível
em 52 meses.

Outro fator que pesa no andamento dos negócios foram os ataques feitos
ontem pelos Estados Unidos e alguns aliados árabes ao grupo extremista sunita
Estado Islâmico (EI) na Síria. Os investidores também estão de olho em
possíveis desdobramentos da derrubada de um avião de caça sírio pelo
exército de Israel.

O mercado demonstra preocupações ainda com o projeto de lei do
presidente Barack Obama que tem por objetivo acabar com as chamadas inversões
fiscais – estratégia pela qual as empresas adquirem uma concorrente em outro
país e mudam sua sede para esta nova jurisdição, como forma de pagar menos
impostos.

O projeto foi apresentado ontem e endurece as regras para repatriação e
remessa de lucros, potencialmente arrefecendo a atividade de fusões e
aquisições, que está aquecida nos últimos meses. As informações partem da
Agência CMA.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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