‘-ECONOMIA: BOLSAS DOS EUA SUBIRAM APÓS FED INDICAR FIM DE COMPRA DE ATIVOS

SAFRAS (09) – Os principais índices do mercado de ações dos Estados
Unidos fecharam o dia em alta, após a ata do Comitê Federal de Mercado Aberto
(Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, banco
central dos Estados Unidos) revelar que o Comitê pretende encerrar a compra de
ativos em outubro deste ano se a economia progredir como o esperado.
O Dow Jones fechou com alta de 0,47%, a 16.985,61 pontos, o S&P 500 teve
ganho de 0,46%, a 1.972,83 pontos, e o Nasdaq Composto subiu 0,62%, a 4.419,03
pontos.
“Se a economia progredir como o Comitê espera e continuarmos com a
redução do ritmo de compra de ações a cada próxima reunião, a redução
final do programa acontecerá após o encontro de outubro”, afirmou a ata que
foi referente à reunião de 18 e 19 de junho. Na ocasião o Fomc anunciou um
novo corte de US$ 10 bilhões em seu programa de compra de ativos financeiros.
De acordo com o documento, o corte final nas compras mensais de ativos
promovidas pelo Fed pode ser de US$ 15 bilhões. De acordo com a ata, o fato do
Fed estar reduzindo as aquisições mensais a um ritmo de US$ 10 bilhões por
reunião gerou dúvidas do público a respeito do tamanho do último corte. Isso
porque atualmente as compras equivalem a US$ 35 bilhões, o que no ritmo atual
exigiria quatro reuniões para que o programa fosse encerrado.
Os participantes do Fed concordam que o final estratégico do programa de
compras não trará consequências macroeconômicas significativas nem
interferirá no momento da primeira alta da taxa de juros do país. Segundo a
ata, o aumento na taxa de juros dependerá do desenvolvimento da economia e do
emprego em relação aos objetivos perseguidos pelo Fed.
Embora tenham discutido a normalização da política monetária, os
membros do Fed ressaltam no documento que ela não acontecerá necessariamente
em breve e acreditam que talvez seja possível apresentar um plano para a
retirada dos estímulos até o final deste ano.
Segundo análise de Paul Edelstein, diretor de economia financeira da IHS
Global Insight “a segunda metade do ano será a chave para a projeção de
política monetária. Se as taxas de crescimento econômico não se
materializarem, um número de participantes [do Fomc ] podem defender uma
abordagem mais gradual ou mais tardia a normalização da política
monetária”, afirmou por meio de relatório. As informações partem da
Agência CMA.

(CBL)