‘-ECONOMIA: BOLSAS EUROPEIAS CAEM POR DESACELERAÇÃO ECONÔMICA E ALEMANHA

Porto Alegre, 10 de outubro de 2014 – A maioria dos principais índices do
mercado de ações da Europa fechou em queda pelo terceiro dia consecutivo,
depois de um pregão bastante volátil. O mercado europeu seguiu pressionado
pelas preocupações com a desaceleração do crescimento mundial e notícias
ruins do setor financeiro na região também ajudaram a puxar os índices para
baixo, além de dados ruins vindos da Alemanha.

O Escritório Federal de Estatísticas alemão (Destatis) informou hoje
que as exportações da Alemanha caíram 5,8% em agosto ante julho, considerando
ajustes sazonais e ajustes de calendário, chegando a 84,1 bilhões de euros.
Já as importações registraram queda de 1,3% na mesma base de comparação,
para 70 bilhões de euros.

“A performance das exportações alemãs ganham ainda mais importância
em um contexto de baixa do euro, o que deveria ter feito com que as mercadorias
alemãs ficassem relativamente mais baratas no exterior”, disse o analista de
mercado da CMC Markets UK, Jasper Lawler.

Além disso, o governo português informou que o Espirito Santo Financial
Group (ESFG), holding que controlava o Banco Espírito Santo, declarou falência
juntamente com a subsidiária Espírito Santo Financière.

Os mercados europeus chegaram a abrir em alta, reagindo à ata da última
reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), divulgada
ontem. No documento, o banco central reforçou que as taxas de juros no país
ficarão baixas por um longo período. Porém, como observa Lawler, “o efeito
da ata do Fed não durou muito na Europa porque dados mais fracos da Alemanha e
o anúncio de falência do Espírito Santo Financial Group deu um lembrete da
fragilidade do sistema bancário europeu”.

Também hoje o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi,
afirmou que o potencial de crescimento da zona do euro está muito baixo para
tirar a economia da situação de alto desemprego ou para aliviar o peso da
dívida pública.

Draghi disse ainda que o projeto de união bancária da zona do euro, que
unificará a supervisão sobre os bancos da região, estabelecerá um fundo
garantidor de depósitos unificado e trará diretrizes para a resolução
ordenada de bancos em dificuldades, será importante para fazer com que os
ativos fluam de forma mais livre entre os vários países da região.

Entre as novidades do setor bancário, o banco central da Itália havia
informado que o quantidade de crédito ruim nas instituições italianas
aumentou em 20% em agosto.

Também hoje, o Comitê de Política Monetária (MPC) do Banco da
Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) decidiu manter a taxa básica de juros do
Reino Unido em 0,5% ao ano e manter o estoque do programa de compra de ativos em
375 bilhões de libras esterlinas.

O índice FTSE 100, da bolsa de Londres, caiu 0,78%, a 6.431,85 pontos; o
CAC-40, de Paris, perdeu 0,64%, a 4.141,45 pontos; o FTSE MIB, de Milão, teve
queda de 1,34%, a 19.382,49 pontos; e o Ibex-35, da bolsa de Madri, recuou
0,63%, a 10.273,70 pontos; o índice SMI-20, de Zurique, teve perda de 0,40%, a
8.482.90 pontos; e o Dax-30, da Alemanha, foi a exceção e subiu 0,11%, a
9.005,02 pontos. As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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