Porto Alegre, 16 de setembro de 2014 – Os principais índices acionários
da Europa fecharam em baixa, pressionados por dados ruins sobre a economia da
região e a chinesa e com investidores aguardando o resultado do encontro do
comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central
norte-americano) e o referendo para a independência da Escócia.
“Temores sobre o Fed e o debate sobre a independência conspiraram para
manter o FTSE-100 baixo hoje, e o cenário negativo deve se manter no foco até
que o encontro do Fed esteja fora da agenda”, afirmou, em nota, o analista da
IG Markets Chris Beauchamp.
O referendo está marcado para quinta-feira e a maioria das pesquisas
mostra que a margem de pessoas a favor ou contra é muito estreita para apontar
um vencedor, embora a maioria delas indique rejeição da proposta.
O último levantamento – realizado pelo instituto “Survation” para o
“Better Together”, grupo que advoga pela união dos países britânicos –
mostra que 49% dos entrevistados é contra a independência, enquanto 42% se
mostraram favoráveis. Os indecisos atingiram 9%.
Nos Estados Unidos, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em
inglês) do Fed iniciou hoje as reuniões para decidir sobre o futuro da
política monetária. O resultado dos encontros deve ser divulgado amanhã e a
expectativa é de que o colegiado dê novos indícios sobre a proximidade da
primeira alta da taxa de juros. O Fomc também deve reduzir o programa de compra
de ativos em mais de US$ 10 bilhões, para US$ 15 bilhões ao mês.
O mercado também estará bastante atento às declarações da presidente
do Fed, Janet Yellen, que concederá uma entrevista coletiva às 15h30 para
tratar da atual política monetária e a economia norte-americana.
Entre os dados econômicos divulgados, o índice calculado pelo instituto
de pesquisas Zentrum für Europaische Wirtschaftsforschung (Zew), que mede a
confiança na economia dos países da zona do euro entre os analistas
financeiros e investidores institucionais, caiu para 14,2 pontos em setembro,
ante os 23,7 pontos registrados em agosto.
O que mede a confiança dos analistas em relação à Alemanha caiu 1,7
pontos em setembro, para 6,9 pontos – nona queda consecutiva – ante os 8,6
pontos registrados em agosto.
Na China, o fluxo de investimentos estrangeiros diretos (IED) caiu 14% em
agosto, em base anual, para US$ 7,2 bilhões. Em julho, o fluxo registrou queda
de 17%, o que sinaliza o receio dos investidores de que a economia chinesa
esteja perdendo cada vez mais força. Nos primeiros oito meses do ano, o IED à
China, que exclui investimentos no setor financeiro, caiu 1,8% ante o mesmo
período de 2013, totalizando US$ 78,34 bilhões.
Após ajustes, o FTSE-100 de Londres fechou em baixa de 0,18%, a 6.792,24
pontos; o DAX-30, de Frankfurt, caiu 0,28%, a 9.632,93 pontos; o CAC-40, de
Paris, diminuiu 0,44%, a 4.409,15 pontos; o SMI-20, de Zurique, retraiu 0,03%, a
8.793,36 pontos; o Ibex-35, da bolsa de Madri, retraiu 0,39%, a 10.798,70
pontos; e o FTSE MIB, de Milão, encerrou com queda de 0,30%, a 20.788,50
pontos. As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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