‘-ECONOMIA: BOLSAS EUROPEIAS FECHAM MISTAS COM BCE

SAFRAS (05) – A maioria dos principais índices acionários europeus
encerrou o dia com forte alta, impulsionados pelas decisões tomadas pelo Banco
Central Europeu (BCE) e pela sinalização do presidente da instituição, Mario
Draghi, de que há possibilidade de mais medidas de alívio. A exceção ficou
por conta do FTSE-100, de Londres, e o SMI-20, de Zurique, cujos negócios
também foram afetados pelo BCE.
Após ajustes, DAX-30, de Frankfurt, subiu 0,21%, a 9.947,83 pontos; o
CAC-40, de Paris, aumentou 1,06%, a 4.459,00 pontos; o FTSE MIB, de Milão,
cresceu 1,52%, a 21.951,07 pontos; e o Ibex-35, da bolsa de Madri, expandiu
1,12%, a 10.876,40 pontos.
Pela manhã, o BCE anunciou uma série de medidas de alívio monetário
para levar a inflação de volta à meta de 2% e manter as expectativas de
inflação ancoradas.
Em primeiro lugar, a autoridade monetária divulgou a redução da taxa
básica de juros dos países que compõem a zona do euro de 0,25% para 0,15% ao
ano, a diminuição da taxa que remunera as reservas extras que os bancos deixam
estacionadas na instituição de zero para -0,10% e o corte da taxa da linha
que o BCE mantém com bancos comerciais para que estes obtenham liquidez de
curto prazo (marginal lending facility) de 0,75% para 0,40% ao ano.
Na coletiva de imprensa que sucedeu a divulgação do comunicado do
conselho, Draghi informou que o conselho do BCE aprovou uma nova rodada de
operações de refinanciamento de longo prazo (LTROs, na sigla em inglês), mas
com regras para garantir que os recursos sejam canalizados para a economia real,
prometendo disponibilizar 400 bilhões de euros aos bancos, mais o início das
preparações técnicas para compras de ativos securitizados (ABS) e
encerramento do processo de esterilização dos ativos adquiridos durante o
Programa de Mercados de Títulos (SMP, na sigla em inglês).
Além destes anúncios, o presidente do BCE declarou que o trabalho para
recuperar o crescimento da zona do euro e aproximar a inflação da meta não
chegou ao fim, e que usará mais instrumentos de liquidez se necessário.
Na contramão, o FTSE-100, de Londres, apresentou queda de 0,08%, a
6.813,49 pontos, e o SMI-20, de Zurique, recuou 0,21%, a 8.643,28 pontos. Ambas
recuaram por conta da valorização de suas respectivas moedas em relação ao
euro, que foi influenciado pela decisão do BCE, e a migração dos investidores
para ativos dentro da zona do euro.
A libra apresentou uma valorização de 0,16% em relação ao euro, cotada
a 1,233 euro. O franco suíço subiu 0,10% ante a moeda da zona do euro, para
0,820 euro. As informações partem da Agência CMA.

(CBL)