‘-ECONOMIA: BOLSAS EUROPEIAS SOBEM APÓS DADO NA ALEMANHA E FALA DE DRAGHI

Porto Alegre, 24 de setembro de 2014 – Os principais índices do mercado de
ações da Europa fechou as negociações em alta, depois que a divulgação de
dados ruins sobre a confiança da indústria e do comércio na Alemanha
impulsionou as expectativas dos investidores por ainda mais estímulos
monetários do Banco Central Europeu (BCE).

O índice Ifo de confiança do empresário alemão, medido pelo instituto
de pesquisas CESifo Group, caiu em setembro para 104,7 pontos, ante os 106,3
pontos apresentados em agosto, o pior nível desde abril do ano passado. As
avaliações sobre as condições atuais de negócios pioraram em relação ao
mês passado, e as expectativas para os próximos seis meses recuaram ao menor
patamar desde dezembro de 2012.

O dado veio apenas um dia depois da divulgação preliminar do índice dos
gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade industrial da
Alemanha. O indicador caiu de 51,4 pontos em agosto para 50,3 pontos em
setembro, aproximando-se perigosamente da linha dos 50 pontos, que separa a
expansão da atividade (acima de 50) da contração (abaixo de 50).

Segundo o relatório do instituto Markit Economics, responsável pela
pesquisa, o setor industrial alemão registrou uma contração na quantidade de
encomendas recebidas em setembro, a primeira vez que isso ocorre desde junho do
ano passado, em meio a informações de enfraquecimento da situação econômica
do país.

“Em última análise, a divulgação [do Ifo] de hoje adiciona ainda mais
pressão tanto sobre o BCE quanto sobre o governo alemão para agirem
simultaneamente”, afirma o analista Joshua Mahony, da Alpari. “[O presidente
do BCE] Mario Draghi está sem dúvidas mais perto da implementação de
afrouxamento quantitativo cada vez que um indicador falha em mostrar
aceleração na inflação ou na produção”.

Hoje pela manhã, em entrevista à rádio francesa “Europe 1”, Draghi
afirmou que a política monetária da zona do euro deve permanecer frouxa por um
longo período e que o conselho diretor do BCE é unânime em seu compromisso
de usar os instrumentos disponíveis dentro de seu mandato para trazer a
inflação para perto, mas abaixo, de 2%. “As taxas de juros permanecerão no
nível atual por um período extenso de tempo, porque elas não podem ficar mais
baixas do que estão”, disse ele.

O índice FTSE-100, de Londres, fechou com alta de 0,45%, a 6.706,27
pontos o DAX-30, de Frankfurt, teve ganho de 0,70%, a 9.661,97 pontos; o CAC-40,
de Paris, subiu 1,25%, a 4.413,72 pontos; o FTSE MIB, de Milão, teve alta de
1,67%, a 20.691,04 pontos; o Ibex-35, de Madri, ganhou 0,49%, a 10.854,30
pontos; e o SMI-20, de Zurique, fechou com alta de 0,38%, a 8.797,17 pontos. As
informações partem da Agência CMA.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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