Porto Alegre, 7 de dezembro de 2022 – O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa
básica de juros em 13,75% ao ano. A decisão desta quarta-feira, segundo o grupo, reflete “a
incerteza ao redor de seus cenários e um balanço de riscos com variância ainda maior do que a
usual para a inflação”, mas é compatível com a estratégia para levar a inflação para a meta
nos próximos dois anos.
“Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão
também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno
emprego”, diz o comunicado do Copom. A próxima reunião do grupo será dia 1º de fevereiro de 2023.
O Comitê diz que se manterá vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa
básica de juros por período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da
inflação. Segundo o grupo, os próximos passos da política monetária poderão ser ajustados e
não está descartada a retomada do ciclo de ajuste “caso o processo de desinflação não
transcorra como esperado”.
CENÁRIOS DE INFLAÇÃO
O Copom projeta uma inflação de 6% neste ano. Para 2023, a expectativa para 2023 é de 5% e 3%
em 2024. Segundo o Copom, nos cenários para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as
direções.
Entre os riscos de alta da inflação estão: uma maior persistência das pressões
inflacionárias globais, a elevada incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal do país e
estímulos fiscais adicionais que impliquem sustentação da demanda agregada, parcialmente
incorporados nas expectativas de inflação e nos preços de ativos e um hiato do produto mais
estreito que o utilizado atualmente pelo Comitê em seu cenário de referência, em particular no
mercado de trabalho.
O cenário de baixa considera os riscos de queda adicional dos preços das commodities
internacionais em moeda local, desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que
a projetada e manutenção dos cortes de impostos projetados para serem revertidos em 2023.
No comunicado, o Copom diz que “a conjuntura, particularmente incerta no âmbito fiscal, requer
serenidade na avaliação dos riscos”. Desta forma, o comitê vai acompanhar a política fiscal e
seus efeitos nos preços de ativos e expectativas de inflação, com potenciais impactos sobre a
dinâmica da inflação prospectiva.
As informações partem da Agência CMA.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 10/07/2025 09:50