Porto Alegre, 21 de janeiro de 2016 – O Comitê de Política Monetária
(Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter a taxa Selic (taxa básica de
juros) em 14,25% ao ano (aa). A manutenção da taxa é a quinta consecutiva.
A decisão foi tomada após o presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmar
em nota que a revisão para baixo nas previsões do Fundo Monetário
Internacional (FMI) para a economia brasileira eram “significativas” e indicar
que isso seria levado em consideração na reunião do Copom deste mês.
A decisão contraria as expectativas de mercado que, até o início da
tarde de terça-feira, apontavam para um aumento de 0,50 pp na Selic – 20 das 26
instituições do mercado financeiro consultadas pelo Termômetro CMA apostavam
neste cenário. Mesmo após o comentário do Presidente do BC, a aposta ainda
era de alta. Na ocasião, o mercado de juros futuros promoveu uma intensa
recomposição de prêmios na curva a termo e passou a precificar como
majoritária a aposta de alta de 0,25 pp na taxa básica de juros
A decisão não foi unânime, tendo seis membros votado pela manutenção
da Selic e dois pela elevação de 0,5 pp. Votaram pela manutenção, o
presidente Alexandre Antonio Tombini e os diretores Aldo Luiz Mendes, Altamir
Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Luiz Edson Feltrim e Otávio Ribeiro Damaso.
Votaram pela elevação da Selic os seguintes membros: Sidnei Corrêa Marques e
Tony Volpon.
Para o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, o cenário
econômico atual não dava sustentação para uma alta de juros. De acordo com o
economista, o comunicado do FMI veio apenas para confirmar a posição da
Infinity Asset.
Vieira afirmou ainda que o posicionamento do BC para as próximas reuniões
irá depender muito dos procedimentos que serão tomados pela equipe econômica
do governo.
“A manutenção da taxa de juros depende muito do processo com a equipe
econômica, porque não há plano concreto no momento para reverter a crise.
Então nesse atual cenário bastante instável não vemos possibilidade de um
movimento muito forte por conta das autoridades sem que haja o plano econômico.
“Se houver um plano então há possibilidade sim de elevar os juros, mas sem
isso essa elevação pode ser adiada mais uma vez”, declarou. Com informações
da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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